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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

EUA publicam sua primeira diretriz para tratamento do diabetes infantil

Recomendações da Academia Americana de Pediatria orientam sobre o tratamento do diabetes tipo 2 em adolescentes

Diabetes: pesquisadores estão desenvolvendo um novo tratamento à base de células-tronco do útero
Diabetes infantil: recomendações da Academia Americana de Pediatria são dirigidas a crianças de 10 a 18 anos com a doença (Thinkstock)
 
A primeira diretriz americana com orientações para o tratamento do diabetes em crianças e adolescentes entre 10 e 18 anos foi publicada nesta segunda-feira pela Academia Americana de Pediatria, em seu periódico Pediatrics. Em suas orientações inéditas, o órgão americano enfoca principalmente o tratamento do diabetes tipo 2 — variação da doença mais comum em adultos, mas que é cada vez mais diagnosticada em crianças em função da epidemia de obesidade.

Saiba mais

DIABETES TIPO 1
Neste tipo da doença, a produção de insulina no pâncreas é insuficiente . Os pacientes precisam de doses extras diárias (injeções) de insulina para conseguir manter a glicose em níveis normais. A doença é mais comum em crianças, adolescentes e jovens adultos. A doença tem etiologia multifatorial: ela pode ser desencadeada por infecções virais e aumento de peso, por exemplo.


DIABETES TIPO 2
No tipo 2 da doença, a insulina continua a ser produzida normalmente, mas o organismo desenvolve resistência ao hormônio. Essa resistência é causada por uma mistura de fatores genéticos e pelo estilo de vida: 80% a 90% das pessoas que têm o tipo 2 da diabetes são obesas. De acordo com a Federação Internacional de Diabetes, o aumento desse tipo da doença em crianças pode se tornar um sério problema de saúde pública.


Formulada em uma parceria com a Academia Americana de Diabetes, a Sociedade de Endocrinologia Pediátrica, a Academia Americana de Médicos de Família e a Academia de Nutrição e Dieta, a diretriz recomenda que, em primeira instância, o médico tente discriminar qual o tipo de diabetes a criança tem. A preocupação, aparentemente óbvia, fundamenta-se no fato de que a variação do diabetes que é mais frequente em crianças é o tipo 1. Nesse caso, a criança precisa de aplicações rotineiras de insulina, já que seu pâncreas não consegue produzir o hormônio o suficiente. Sua causa não tem uma relação tão próxima ao estilo de vida da pessoa — como obesidade e sedentarismo.

Os casos do diabetes tipo 2 em crianças, no entanto, vêm crescendo em taxas altas nos últimos anos. Assim, os médicos precisam estar atentos para a possibilidade de que a criança tenha desenvolvido essa variante da doença. De acordo com as novas orientações, para esse paciente, o tratamento deve ser feito com mudanças no estilo de vida: inclusão de atividades físicas (no mínimo 60 minutos por dia) na rotina e reeducação alimentar. Há ainda orientações para o uso do tratamento medicamentoso com metformina, remédio que reduz a produção de glicose pelo fígado.

O uso de aparelhos para monitoramento da glicose é sugerido para crianças que estejam em risco de hipoglicemia, mudando o tipo de tratamento, não estejam respondendo à terapia ou tenha doenças intercorrentes. A diretriz recomenda ainda o tempo que a criança passe em frente à TV seja de, no máximo, duas horas por dia.

FONTE: VEJA ONLINE