http://www.facebook.com/profile.php?id=100002596731675&ref=tn_tnmn

ESF POP RUA

sexta-feira, 31 de maio de 2013

31 de maio - Dia mundial Sem Tabaco


“Acreditem, não é impossível parar de fumar. No começo, a pessoa pensa que não vai conseguir, mas continue persistindo porque consegue”, este é o incentivo que dona Vera Lúcia (51) dá aos fumantes que desejam parar com o vício. Ela fumou por 34 anos e há cinco parou.

Vera Lúcia começou a fumar aos 12 anos e conta para o Blog da Saúde como deu o ponta pé inicial para deixar o cigarro. Segundo ela, não é fácil, mas é possível resistir a tentação. “É muito difícil deixar o vício. A gente fica procurando alguma coisa, tem abstinência, fica mal humorada e é preciso compreensão da família. É difícil, mas não é impossível, tanto que eu consegui parar. Não tenho mais vontade de fumar e nem tento mais colocar um cigarro na minha boca”, destaca a dona de casa. 
O tabagismo é uma doença crônica gerada pela dependência da nicotina, que hoje mata cerca de cinco milhões de pessoas por ano no mundo, sendo 200 mil só no Brasil. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou que o percentual de meninas fumantes antes dos 15 anos é 22% superior ao de meninos.
Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) divulgou dados da pesquisa Política Internacional do Controle do Tabaco no Brasil, fruto de uma parceria entre o Ministério da Saúde, IncaSecretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e a Universidade de Waterloo, no Canadá, que trata sobre o impacto da publicidade no vício do tabagismo.
O trabalho, desenvolvido com 1,8 mil pessoas em Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo, apontou que um em cada três brasileiros deixou de fumar, entre 1989 e 2010, após medidas restritivas de propaganda no país. Além disso, indicou que a maioria da população é a favor de medidas ainda mais rigorosas.
Doenças - O tabagismo é, reconhecidamente, uma doença crônica, resultante da dependência à droga nicotina, e um fator de risco para cerca de 50 doenças, dentre elas, câncer, asma, infecções respiratórias e doenças cardiovasculares. Sua prevalência vem reduzindo progressivamente, porém, a doença ainda se mostra expressiva em algumas regiões e grupos populacionais mais vulneráveis.
De acordo com dados do Observatório da Política Nacional de Controle do Tabaco, o tabaco fumado causa até 90% de todos os cânceres de pulmão e é um fator de risco significativo para acidentes cerebrovasculares e ataques cardíacos mortais. Além disso, comparados aos não fumantes, estima-se que o tabagismo aumente o risco do desenvolvimento de doença coronária e acidente vascular cerebral em 2 a 4 vezes.
Em homens fumantes, a chance de desenvolver câncer de pulmão é 23 vezes maior do que em homens não fumantes. Nas mulheres essa chance é de 13 vezes.

Dia de combate ao Tabagismo - O Dia Mundial Sem Tabaco – 31 de maio – foi criado em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), órgão do Ministério da Saúde que realiza ações de prevenção e controle do câncer e Centro Colaborador da OMS para controle do tabaco, é o responsável pela divulgação e comemoração da data de acordo com o tema estabelecido a cada ano pela Organização. As ações comemorativas são articuladas com as secretarias Estaduais e Municipais de Saúde dos 26 estados e Distrito Federal, envolvendo, também, a sociedade.
Em 2013, Dia Mundial Sem Tabaco tem como tema “Proibição de publicidade, promoção e patrocínio do tabaco”.
Plano DCNT - O governo federal também lançou, em 2011, o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, 2011-2022, que define e prioriza as ações e os investimentos necessários para preparar o país para enfrentar e deter as DCNT nos próximos dez anos. As ações antitabagismo são um dos principais destaques desse Plano. O ministério também realiza um trabalho de monitoramento do tabagismo em adultos e adolescentes por meio de inquéritos de base populacional, telefônico e populações específicas, como o Vigitel. Os resultados dessas pesquisas orientam a construção de políticas públicas de prevenção e controle do tabagismo.
Jarbas Barbosa explica que o tabaco é o maior fator de risco para as DCNT. “Supõe-se que ele está ligado, direta ou indiretamente, a 70% das mortes relacionadas às doenças crônicas. Nós acreditamos que o Brasil, que já tem uma história de êxito muito grande, reconhecida internacionalmente no combate ao tabagismo, consiga com essas ações ter mais instrumentos para continuar a redução e diminuir o impacto negativo do cigarro, como o câncer, as doenças cardiovasculares, que levam pessoas à morte ou a uma qualidade de vida muito ruim, principalmente quando chega a uma idade acima dos 70, 80 anos”, ressalta.
Até 2022, o Ministério da Saúde tem a meta de reduzir a proporção de fumantes na população adulta de 14,8% para 9%. Outra medida que está prestes a vigorar é o aumento das alíquotas dos impostos para 85% e preço mínimo do cigarro em decreto a ser assinado pela presidenta Dilma Rousseff.
 Ilana Paiva / Blog da Saúde, com informações do Inca

terça-feira, 28 de maio de 2013

OMS aprova plano internacional para reduzir obesidade até 2020


A resolução estabelece um plano de ação contra as doenças não transmissíveis

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou, por consenso, uma resolução que recomenda esforços para reduzir a obesidade no mundo até 2020. A resolução estabelece um plano de ação contra as doenças não transmissíveis (cardiovasculares, câncer, respiratórias crônicas e diabetes), por intermédio do combate a uma série de fatores de risco, entre os quais a obesidade.
A ideia é reduzir, em média, 30% do consumo de sal e aumentar em 20% as atividades físicas. A estimativa da OMS é que há mais de 40 milhões de crianças, com menos de 5 anos, com excesso de peso. Dados da Pesquisa de Orçamento Familiar do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, apontam que, em 2009, 21,7% dos brasileiros na faixa de 10 a 19 anos estavam com excesso de peso. Em 1970, o índice estava em 3,7%.
No Brasil, o Ministério da Saúde reduziu a idade mínima para a realização da cirurgia bariátrica de 18 para 16 anos. Antes de fazer a cirurgia, os jovens devem passar por uma avaliação clínica. No prontuário, deverão constar a análise da idade óssea e avaliação criteriosa do risco benefício, feita por uma equipe com participação de dois médicos especialistas.
A idade máxima, até então 65 anos, também foi alterada. Com a portaria, a definição se o paciente deve se submeter à cirurgia não será tomada com base na idade, mas levando em conta a avaliação clínica (de risco e beneficio), podendo ultrapassar o limite atualmente estabelecido.
“A luta contra a obesidade é uma prioridade, um dos fatores mais importantes para combater as doenças não transmissíveis”, disse o diretor do Departamento de Nutrição para a Saúde e o Desenvolvimento da OMS, Francesco Branca. Segundo ele, o excesso de peso representa o quinto fator de risco de morte em nível mundial, matando cerca de 2,8 milhões de adultos anualmente.
“A aprovação do plano de ação é extremamente importante para lutar contra uma das crises de saúde mais devastadoras do nosso tempo”, disse John Stewart, um dos responsáveis pela organização não governamental (ONG) Corporate Accountability International.
Para os especialistas, é fundamental que os governos estimulem e facilitem o acesso a frutas e legumes. Também há recomendações para incentivar as crianças à alimentação saudável. As últimas projeções da OMS indicam que pelo menos um adulto, em cada três, sofre com sobrepeso e que um, em cada dez, é obeso.
Por: Mariana Anjos / Fonte: Agência Brasil


Rio de Janeiro intensifica campanha contra o fumo


 Em homenagem ao Dia Mundial sem Tabaco, que será comemorado na próxima sexta-feira (31), a Secretaria Municipal de Saúde intensifica a partir de hoje (27) campanhas de combate ao fumo. Nas ações, que vão até o dia 5 de junho, serão exibidos filmes, feitos exames e haverá promoção de debates em unidades de saúde e escolas
A psicóloga Ana Helena Rissin, que atua na área de controle do tabagismo na secretaria, disse que o objetivo é diminuir o número de fumantes e prevenir a iniciação ao vício. “Existem duas linhas de ação: uma é fazer a pessoa que fuma parar de fumar. Setenta por cento dos fumantes têm vontade de parar. A outra linha de ação é a gente tentar investir para que os jovens não comecem a fumar, é a linha da prevenção, que é o tema do 31 de maio deste ano”.
Com a lei que proíbe o fumo em locais fechados, a psicóloga disse ser possível observar queda no número de fumantes. “Tivemos um avanço muito grande com a proibição do fumo em ambiente fechado, que ajudou muito na diminuição do uso de cigarro pelas pessoas, principalmente por jovens. Em boates, restaurantes, os jovens não vêem mais as pessoas fumando, o que não estimula a vontade de fumar”.
Ainda segundo a psicóloga, 90% dos fumantes aderem ao tabagismo até os 19 anos de idade devido às propagandas. “As propagandas são colocadas próximas a doces e balas em padarias e bares. Ela indica que o jovem vai esquecer a bala e começar a fumar, porque na propaganda sempre têm pessoas sérias, de sucesso. Colocar sabores no cigarro também é para seduzir os jovens. É uma grande estratégia de marketing que dá muito certo, porque disfarça o gosto do tabaco. A Anvisa conseguiu proibir essa ação, mas está correndo risco de perder o poder de continuar com a proibição”.
De acordo com a última pesquisa da secretaria,  em 2011, cerca de 14% das pessoas com mais de 18 anos que vivem no município eram fumantes.
Fonte: Agência Brasil

domingo, 26 de maio de 2013

Mais da metade dos pacientes com glaucoma não sabem exatamente o que é a doença


Pacientes com glaucoma sabem pouco da doença. É o que mostra uma pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em parceria com a norte-americana Thomas Jefferson Medical College de Philadelphia. Os pesquisadores entrevistaram 100 pacientes no Brasil e 183 nos Estados Unidos. Todos diagnosticados e em tratamento. Os resultados foram alarmantes nos dois países. Nos Estados Unidos, 44% não sabiam responder adequadamente o que é o glaucoma, no Brasil, a porcentagem é maior, 54%.  Hoje (26) é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma. A data foi instituída para dar mais visibilidade à doença.
O oftalmologista Thiago Pacini não se surpreende com os dados, ele explica que a doença é difícil de diagnosticar e de ser entendida pelo paciente. A prevenção e o acompanhamento são fundamentais para que a doença seja controlada e o paciente não perca a visão. "O tratamento do glaucoma é caro e diário e pode ter efeitos colaterais. O uso do colírio pode deixar o olho vermelho, pigmentar a pele, criando olheiras e até mesmo pigmentar o olho. Como não sentem nada, os pacientes param de usar os colírios e isso é um grande problema. O tratamento é algo que deve ser feito até o fim da vida e do qual não se pode abrir mão".
A pesquisa mostra também que 30% dos americanos não sabiam porque usavam as medicações e 45% não sabiam os valores considerados normais de pressão intraocular. Entre os brasileiros, mais da metade, 54%, desconheciam o porquê do uso dos medicamentos e 80% não sabiam os valores adequados da pressão do olho.
O glaucoma ocorre quando a pressão elevada no interior do olho, no decorrer de alguns anos, danifica as fibras nervosas do nervo óptico. Se não tratada a tempo, o glaucoma pode causar cegueira. A doença não tem cura, mas pode ser controlada com tratamento adequado e contínuo. De acordo com a Associação Brasileira dos Amigos, Familiares e Portadores do Glaucoma, no Brasil, 1 milhão de pessoas são portadoras do glaucoma. A doença é silenciosa, em 80% dos casos não apresenta sintomas no estágio inicial. 
Pacini reforça a necessidade de acompanhamento desde cedo. "Criança tem que ir no médico. Com 1 ano tem que levar no oftalmologista e saber se tem algum fator de risco. Aqueles que apresentarem algum desses fatores devem ir ao médico pelo menos uma vez por ano para medir a pressão intraocular, avaliar o nervo óptico e se tiver alguma alteração, fazer exames para identificar já no estágio inicial".
Os fatores de risco do glaucoma são idade a partir dos 40 anos, hipertensão arterial, miopia elevada, raça negra e hereditariedade. Os tratamentos atualmente são diversos, podendo ser feitos por meio de comprimidos, colírio, lasers ou cirurgias. Segundo o Ministério da Saúde, 95% dos tratamentos de glaucoma são feitos em regime ambulatorial, com uso de colírio.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento integral à doença desde 2011, quando o Ministério da Saúde passou a distribuir colírios para o combate ao glaucoma. Um colírio não genérico custa em média R$ 100.
O glaucoma é a segunda causa de cegueira no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O portador que não trata a doença começa perdendo a visão periférica. Os danos causados aos nervos não são reversíveis. O arquiteto e urbanista Renato Barbato perdeu a visão por causa da doença. Apesar de ter sido diagnosticado cedo, aos 15 anos, o tipo de glaucoma era grave. Ao todo, ele passou por cerca de doze cirurgias, até que, já com mais de 40 anos, perdeu a visão.
Barbato sempre estudou muito o glaucoma e tirava as dúvidas que tinha com os médicos. Ele fez o tratamento e conseguiu retardar a cegueira. "Tem que cuidar, não desanimar, fazer o que os médicos mandam. Evitar cigarro e bebidas. E não ter a ilusão de que volta, o que perder não volta mais", recomenda para quem tiver a doença.

Fonte: Agência Brasil -
Mariana Tokarnia

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Novo manual de diagnóstico de doenças mentais dos EUA gera polêmica


Publicado na última sexta-feira, a chamada “Bíblia” da psiquiatra inclui mais de 300 patologias

Considerado a “Bíblia” da psiquiatria mundial, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais dos EUA (DSM) teve nova versão publicada na sexta-feira trazendo a reboque uma série de polêmicas. Editado pela poderosa Associação Americana de Psiquiatria (APA, na sigla em inglês), o livro inclui vários novos distúrbios diagnosticáveis a partir apenas de seus sintomas a uma lista de mais de 300 patologias que alguns críticos afirmam que tornarão a “normalidade” tão incomum que ela será quase como uma loucura.
Novas desordens
Batizado DSM-5, o novo manual passa a classificar como transtorno mental comportamentos como comer excessivamente, acumular coisas ou mudanças de humor repentinas típicas de crianças e adolescentes, enquanto a tristeza comum do luto pela perda de um parente próximo poderá ser vista como sinal de depressão grave. Em outra decisão polêmica, autismo, Síndrome de Asperger e as desordens desintegrativa da infância e do desenvolvimento passam a integrar uma única categoria de Desordem de Espectro Autista.
— O DSM-5 vai baixar os limites de diagnóstico e aumentar o número de pessoas na população em geral vistas como tendo uma doença mental — apontou Peter Kinderman, chefe do Instituto de Psicologia da Universidade de Liverpool, no Reino Unido, em artigo publicado pelo site da BBC. — Uma enorme gama de maus comportamentos humanos, objetos de muitas promessas de ano novo, vai se tornar doenças mentais.
Opinião semelhante expressou Allen Frances, professor emérito da Universidade de Duke, nos EUA. Responsável por coordenar a revisão anterior do manual, publicada em 1994, ele aconselhou os colegas a simplesmente não adotarem a nova versão em texto publicado em seu blog no site “Huffington Post”. Já para os pacientes, Frances disse que eles não devem aceitar diagnósticos com base em avaliações comportamentais breves.
“Um diagnóstico psiquiátrico pode representar uma mudança benéfica na sua vida se correto, ou um grande dano se não”, escreveu. “Tome tanto cuidado ao acatar um diagnóstico quanto quando vai comprar uma casa ou um carro. Nunca aceite um diagnóstico ou tome pílulas prescritas após uma avaliação breve”.
Já David J. Kupfer, chefe da força-tarefa de mais de 1,5 mil especialistas de 39 países que revisou o manual, defendeu o trabalho. Segundo ele, o livro agora estrutura as desordens num contexto que leva em conta idade, gênero e expectativas culturais, além de melhor caracterizar sintomas em termos de manifestação, duração e severidade.
— As mudanças no manual vão ajudar os médicos a identificar mais precisamente as desordens mentais e melhorar o diagnóstico enquanto eles mantêm um cuidado continuado (dos pacientes) — disse.
Fonte: O globo

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Ministério da Saúde vai ampliar bancos de leite materno



O Ministério da Saúde usará R$ 11,6 milhões para reajustar os valores pagos pelos procedimentos  feitos por bancos de leite, reformar unidades existentes e construir mais cinco unidades até o fim do ano. A apresentação de propostas pelos municípios, para receber os recursos voltados à expansão da rede, será feita no início do segundo semestre.
De acordo com o ministro Alexandre Padilha, que assinou hoje (22) a portaria autorizando os repasses, o objetivo é aumentar em 15% o total de leite coletado por meio de doações, que no ano passado chegou a 166 mil litros e beneficiou 171 mil recém-nascidos. Ao todo, 179 mil mulheres doaram leite em 2012.
"Estamos ampliando a rede de captação e aumentando em quatro vezes o volume de recursos para pagamento aos bancos de coleta para estimular que mais hospitais montem bancos de leite. Nosso objetivo é elevar as doações para dar mais segurança aos bebês que, por algum motivo, não podem tomar o leite de suas mães. Em geral, são bebês prematuros que estão na unidade de terapia intensiva ou [são bebês cuja] mãe tem algum problema e têm suas vidas salvas com esse ato de generosidade", disse Padilha.
O ministro deu entrevista durante lançamento de uma campanha de doação de leite, em parceria com o Programa Ibero-Americano de Bancos de Leite Humano. Até maio de 2014, a iniciativa vai sensibilizar as brasileiras sobre a importância do aleitamento materno, com a divulgação de material informativo por meio de folhetos, cartazes, anúncios em revistas e em redes sociais.
Alexandre Padilha enfatizou que a doação de leite materno contribui para a redução da mortalidade neonatal, que vem caindo nos últimos dez anos. A taxa passou de 26,6 mortes por mil nascimentos em 2000 para 16,2 mortes por mil nascimentos em 2010.
Consciente dos benefícios do leite materno para a saúde dos recém-nascidos, a fotógrafa Ilva Araújo, de 43 anos, se considera uma "doadora quase profissional". Ela contou que, em meio aos inúmeros cuidados com a filha mais nova, Mariana, de 4 meses, não abre mão de um compromisso semanal: armazenar leite para encaminhar para doação, com a ajuda do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.
"Enquanto ela mama em um peito, eu tiro uma quantidade do outro, armazeno em potes esterilizados e uma vez por semana os bombeiros vão até a minha casa e levam o produto. Uma coisa eu posso garantir: não falta leite para a minha filha, que continua mamando a quantidade necessária, e eu ajudo outras crianças a serem tão saudáveis quanto ela", disse a fotógrafa que consegue doar, em média, 600 mililitros de leite por semana.
"O bebê que recebe leite materno adoece menos e quando fica doentinho se recupera mais rápido, porque é mais forte e mais saudável [do que o leite industrializado] ", acrescentou ela, que é mãe de mais duas meninas.
De acordo com o Ministério da Saúde, toda mãe que amamenta é uma possível doadora de leite. O material coletado é analisado, pasteurizado e submetido a rigoroso controle de qualidade pelos bancos de leite antes de sua distribuição aos bebês internados em unidades neonatais.
Para doar, basta entrar em contato com o banco de leite mais próximo ou ligar para o Disque Saúde, no número 136. Algumas unidades da federação, como o Distrito Federal, têm parceria com o Corpo de Bombeiros que recolhe o leite na residência da doadora.
Ainda segundo o ministério, o Brasil tem a maior rede de bancos de leite do mundo, com 210 unidades e 117 postos de captação. As técnicas de coleta, armazenamento e distribuição são exportadas a vários países e já ajudaram a implantar bancos de leite na América Latina e na África.

Fonte: Agência Brasil

terça-feira, 21 de maio de 2013

Ministério da Saúde anuncia ações para enfrentamento da gripe



Foram distribuídos mais de 1,2 milhão de tratamentos de oseltamivir, disponibilizados recursos para o preparo da rede de saúde aos estados com maior incidência da doença e oferecido curso de capacitação aos profissionais de saúde  
O Ministério da Saúde está adotando uma série de medidas para o enfrentamento da influenza deste ano. Além da campanha nacional de vacinação, que imunizou mais de 32 milhões de pessoas e ultrapassou a meta de 80% do público-alvo, diversas ações em curso visam à prevenção e a redução do número de casos e óbitos por agravamento da doença.    
As medidas foram anunciadas nesta terça-feira (21) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e abrangem deste a disponibilização de R$ 30 milhões para a preparação da rede ambulatorial e hospitalar ao tratamento de pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), como a distribuição de 1,2 milhão de tratamentos de oseltamivir (tamiflu). Os recursos foram repassados aos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.


Durante a entrevista coletiva, o ministro ressaltou que estes recursos foram direcionados aos estados que apresentam maior incidência de casos de gripe. Entre eles, o de maior preocupação, no momento, é São Paulo, onde foram notificados, neste ano, 1.863 casos de SRAG e 183 óbitos, sendo 55 para H1N1. Padilha anunciou que o Ministério da Saúde vai enviar ao estado uma equipe para investigação dos casos de óbitos; ampliar os pontos de distribuição do oseltamivir; realizar semanalmente videoconferências com a participação de 42 hospitais para monitoramento da influenza no estado, além de reuniões com as operadoras de planos de saúde para reforçar o protocolo da Influenza 2013. 
O ministro destacou a importância do uso do oseltamivir e fez um apelo para que estados e municípios facilite o acesso ao medicamento. Para isso, sugeriu que o Tamiflu seja disponibilizado em todas as unidades de saúde, nas UPAs, nos prontos socorros, facilitando assim  a prescrição pelo profissional de saúde. “O Ministério da Saúde garante a distribuição desse medicamento de graça e todos os estados estão abastecidos”, afirmou Padilha.
Segundo o ministro, estudo sobre os óbitos no ano passado no Rio Grande do Sul, demonstrou que apenas 5% das vítimas receberam o medicamento nas 48 horas. “ O tratamento deve ser iniciado de imediato, sobretudo para pessoas que estão no grupo de risco. Não se deve esperar a confirmação laboratorial ou o agravamento do caso”, explicou Padilha. Ele ressaltou ainda que o antiviral deve ser utilizado em pessoas  que fazem parte do grupo de risco e moram com alguém que teve influenza. A mesma recomendação serve para os moradores de asilos. “Essas pessoas devem receber o Tamiflu, mesmo que não tenham sinais e sintomas da doença”, observou;
O diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovich, explicou que um dos cuidados durante a revisão do protocolo de Influenza para 2013, foi a de reafirmar a recomendação para o uso do medicamento. “Existe uma falta do hábito dos nossos profissionais de saúde em prescrever o antiviral Tamiflu, talvez por entender que não existe tratamento específico para a gripe. Porém, há alguns anos existe este medicamento, com estudos confirmando a sua eficácia”, ressaltou.
RECURSOS - A aplicação do recurso (R$ 30 milhões) vai ampliar a capacidade de internações, com a criação de leitos extras para o tratamento de influenza, de acordo com a necessidade local. A estimativa é de criação de aproximadamente 450 leitos para o tratamento da influenza, distribuídos nos quatro estados, possibilitando 1,8 mil internações por mês.
O montante vai permitir a compra ou locação de cerca de 450 ventiladores respiratórios e 555 monitores cardíacos para equipar leitos de cuidados intermediários ou intensivos. Além disso, deverão ser adquiridos 1.500 oxímetros para os estabelecimentos de primeiro atendimento e unidades 24 horas de pronto atendimento clínico e pediátrico. O equipamento é usado na classificação de risco do paciente com síndrome gripal e facilita a identificação precoce de formas graves da doença.
O repasse do recurso foi baseado na análise dos locais com maior número de casos de Influenza em 2009. Ao estado de São Paulo foram destinados R$ 12,7 milhões; para o Rio Grande do Sul foram disponibilizados R$ 5,6 milhões; Santa Catarina R$ 5,4 milhões; e Paraná R$ 6,7 milhões. Os estados vão articular com os municípios o uso do recurso, de acordo com a situação epidemiológica prevista ou detectada. Nesses quatros estados foram realizadas 310.895 internações por SRAG, em 2009.
CURSO- Também como parte das medidas de preparação da rede pública, o Ministério da Saúde oferecerá, em parceria com a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), curso de Educação a Distância (EAD) sobre o protocolo de influenza 2013. Voltado aos médicos que atuam na rede assistência à saúde, a capacitação tem o objetivo de reforçar o manejo correto de influenza, de acordo com protocolos atualizados.
O curso apresenta casos clínicos interativos, com explicações sobre os erros e acertos a cada decisão que o médico tomar. Ao final de cada caso, o profissional poderá assistir a um vídeo com comentários de médicos especialistas sobre o tema abordado. Além disso, o curso permite o acesso a materiais de apoio, como fluxograma de tratamento, orientações de etiqueta respiratória e links para outros conteúdos. Outros profissionais da saúde podem fazer o curso como visitante, mas não receberão declaração de conclusão. As inscrições podem ser feitas no link http://unasus.gov.br/influenza.
O Ministério da Saúde também vai distribuir 680 mil materiais informativos e educativos para orientação aos profissionais da área e também à população, como cartazes sobre tratamento e prevenção da gripe, display de mesa sobre tratamento, filipeta orientando a diluição do oseltamivir para crianças, algoritmo de atendimento.
PROTOCOLO – A orientação aos médicos para receitar o Fosfato de oseltamivir (Tamiflu), sem aguardar resultados de laboratório ou sinais de agravamento, em todas as pessoas que integrem o grupo de risco e que apresentem sintomas de Síndrome Gripal e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) - como crianças menores de dois anos, gestantes, puérperas, indígenas que moram em aldeias, idosos, obesos e doentes crônicos - é uma das recomendações do Protocolo de Tratamento da Influenza 2013. O protocolo orienta ainda atenção especial às gestantes, reiterando a necessidade do uso do antiviral em até 48 horas após o aparecimento dos sintomas mesmo para as que receberam a vacina, além da investigação do caso com exames complementares.  Quem não pertence aos grupos mais vulneráveis, mas apresente sinais de agravamento da síndrome gripal, o tratamento com o antiviral deve ser iniciado com urgência.
DISTRIBUIÇÃO -O medicamento é oferecido gratuitamente na rede pública e reduz complicações e óbitos pela doença. Para retirar o medicamento, o paciente deve apresentar prescrição médica emitida tanto por profissionais da rede pública como da rede privada.  A adoção de ações de higiene pessoal, como lavar as mãos várias vezes ao dia, cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar, evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal são algumas das recomendações para a prevenção da gripe.  Em caso de síndrome gripal, deve-se procurar um serviço de saúde o mais rápido possível. O Ministério da Saúde distribuiu aos estados 1.066.082 tratamentos do oseltamivir na fórmula adulto (75mg) e 141.900 tratamentos de uso pediátrico. 
AMPLIAÇÃO: A validade do antiviral usado no tratamento da Influenza foi ampliada, conforme resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A medida atendeu a solicitação do laboratório produtor (Roche) e do Ministério da Saúde, já que o prazo do antiviral com registro no Brasil era de dois anos. O mesmo medicamento possui vencimento de quatro anos em países europeus e nos Estados Unidos.
Com a resolução, o prazo de validade do Tamiflu com concentração 30mg e 45mg (fórmula infantil) passará de dois para quatro anos, a partir da data de fabricação. A modificação está amparada por estudos de estabilidade feitos pelo laboratório produtor. A extensão vale para todos os lotes do medicamento em posse do Ministério da Saúde. A iniciativa contribuirá para a garantia do tratamento adequado aos pacientes.
A alteração será apresentada em etiquetas na embalagem, que também manterá o lacre original de fábrica para demonstrar a integridade do produto. O Ministério da Saúde monitora a quantidade em estoque e avalia a necessidade do envio de novas remessas do medicamento.
IMUNIZAÇÃO:O balanço nacional aponta que foi superada a meta da 15ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. Até as 11h desta segunda-feira (20), foram vacinadas 32,4 milhões de pessoas em todo o Brasil. O número representa uma cobertura de 83,7% do público alvo, excluídas as doses aplicadas em doentes crônicos e pessoas privadas de liberdade.  A meta era vacinar 80%, de um total de 39,2 milhões.
Dezenove estados e o Distrito Federal atingiram 80% ou mais de cobertura vacinal. O Ministério da Saúde (MS) recomenda aos estados e municípios que não atingiram a meta para que continuem vacinando quem faz parte dos grupos prioritários. Na análise por grupo prioritário, a campanha teve melhor adesão entre as mulheres em puerpério (45 dias após o parto) com 100% de cobertura, seguido dos trabalhadores em saúde 93%, crianças 88,4% e pessoas acima dos 60 anos 82,3%. A população indígena teve 74,7% de imunização e gestantes alcançaram o menor índice com 73,6%. Grávidas ainda podem se vacinar. A vacina é segura e a melhor forma de prevenção antes do inverno. Foram ainda aplicadas 5,7 milhões de doses em doentes crônicos e 226,1 mil doses em pessoas privadas de liberdade. As pessoas que formam o grupo prioritário são consideradas mais vulneráveis a desenvolver a forma mais grave da doença e ter complicações, como internação e mortes. 
RAIO X DA DOENÇA:  De 1º de janeiro a 12 de maio de 2013, foram notificados 4.713 casos hospitalizados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), destes 388 casos foram confirmados para o vírus Influenza A(H1N1). No mesmo período deste ano, foram confirmados 391 óbitos por SRAG, sendo 61 por A(H1N1). Durante o ano de 2012, foram registrados 20.539 casos da SRAG, sendo confirmados 2.614 para A (H1N1). No ano passado, foram contabilizadas 1.931 mortes, sendo 351 pelo vírus pandêmico

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Brasil comemora Dia Mundial de Doação de Leite Humano



Há 70 anos, o Brasil dava início a uma trajetória vitoriosa. Nessa data nascia, no Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Rio de Janeiro, uma ação que tornaria o país referência mundial em tecnologia para a redução da mortalidade infantil e a erradicação da desnutrição neonatal. Surgia ali o primeiro Banco de Leite Humano, embrião de uma iniciativa que atinge números incontestáveis: somos hoje 211 BLHs instalados em todos os estados da Federação, e centenas em pleno funcionamento em 24 nações da América Latina, Caribe, Península Ibérica e África.

Com base na força desta ação empreendedora, que ultrapassa fronteiras e territórios, o Brasil e as nações que hoje investem nos bancos de leite comemoram, em 19 de maio, o Dia Mundial de Doação de Leite Humano. A data será celebrada no próximo dia 22 de maio, às 10h30, no Memorial Presidente Juscelino Kubitschek, no Distrito Federal, com o lançamento da campanha nacional “Doe leite materno e ajude a mudar o futuro de muitas crianças”.

Seguindo a mesma linha da campanha do último ano, o Ministério da Saúde colocou em cena o binômio doador e receptor, para simbolizar a importância do ato de doar leite humano, tanto na vida da mulher que doa, como na do recém-nascido que recebe. O ato, singelo e transformador, este ano novamente é representado por dois personagens de uma história real: Ilza Pereira e João Marcelo Bôscoli, filho da cantora Elis Regina. Há 42 anos, no IFF, D. Ilza doou seu leite para João Marcelo e, agora, o elo que os uniu torna a aproximá-los. Pelo gesto, os dois serão homenageados pelo ministro da Saúde Alexandre Padilha e o coordenador da Rede Brasileira e o Programa Ibero-americano de Bancos de Leite Humano (rBLH-BR / IberBLH), João Aprígio Guerra de Almeida.

Na ocasião, a atriz e apresentadora Maria Paula Fidalgo receberá o título de Embaixadora da rBLH-BR, por sua grande militância em prol do aleitamento e da doação de leite humano. Em 2012, Maria Paula foi madrinha da campanha do Dia Nacional Doação de Leite Humano, juntamente com seu filho Felipe e Júlia Victória, ambos de quatro anos. Prematura, a pequena Juju recebeu o leite doado pela atriz no período em que esteve internada no Fernandes Figueira, no Rio de Janeiro.
O evento é promovido pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Fiocruz, a rBLH-BR, IberBLH, o IFF e o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz).
  
Sobre o Dia Mundial de Doação de Leite Humano
Até o momento, o esforço de cooperação técnica já resultou em projetos de implantação de BLHs em 24 nações da América Latina, Caribe, Península Ibérica e África, agora mobilizadas para a comemoração do Dia Mundial de Doação de Leite Humano, a ser celebrado anualmente, em 19 de maio. A data simboliza a união de esforços para a salvaguarda da vida de milhões de crianças, em todo o mundo. A iniciativa é uma proposta dos Ministérios da Saúde dos países que integram a Rede Internacional de Bancos de Leite Humano, da Fiocruz, da Organização Pan-americana de Saúde (Opas) e do Unicef.

A data foi definida durante o V Congresso Brasileiro de Bancos de Leite Humano e no  Fórum de Cooperação Internacional em Bancos de Leite Humano, realizados de 28 a 30 de setembro de 2010, em Brasília, quando foi elaborada a Carta de Brasília 2010, documento assinado por representantes dos 24 países integrantes da rede. A carta instituiu o dia 19 de maio como data comemorativa do Dia Mundial da Doação de Leite Humano, reconhecendo a primeira Carta de Brasília, assinada em 19 de maio de 2005, como marco histórico e pedra fundamental da criação da rBLH nos países signatários. 

Sobre a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano
Criada por iniciativa do Ministério da Saúde e da Fiocruz, a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (rBLH-BR), com sede no Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) é a maior e mais complexa do mundo, sendo composta por 211 BLHs em operação. Os resultados alcançados anualmente com a prestação de serviços e a produção de leite humano evidenciam o impacto positivo de sua atuação no campo da saúde materno-infantil brasileira. Por ano, no Brasil, mais de 160 mil litros de leite humano pasteurizado com qualidade certificada são distribuídos a mais de 175 mil recém-nascidos internados em unidades de terapia intensiva e semi-intensiva.

Nos países em desenvolvimento, quer pelo risco biológico associado à utilização de fórmulas quer pelo elevado custo dos produtos disponíveis no mercado, garantir o leite humano é garantir a nutrição adequada e a diminuição da morbidade e mortalidade neonatal. Por sua vez, a universalização do acesso ao leite humano para recém-nascidos de risco deve ser estrategicamente planejada, contemplando ações capazes de assegurar à qualidade do produto ofertado, tanto no que diz respeito a sua inocuidade quanto à manutenção de seu valor biológico. Assim, faz-se necessário à adoção de um rigoroso sistema de controle, capaz de determinar os princípios e mecanismos a serem instituídos para a garantia da qualidade do produto.


O sistema trabalha com tecnologias alternativas, de baixo custo, mas sensíveis o suficiente para assegurar um padrão de qualidade reconhecido internacionalmente. Em setembro de 2000, a Organização das Nações Unidas definiu as Metas do Milênio, em reunião de Cúpula com líderes de 189 países, inclusive o Brasil, que firmaram um pacto estabelecendo como prioridade eliminar a extrema pobreza e a fome do planeta até 2015. Para tanto, foram acordados oito objetivos, chamados de Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). A rBLH-BR, naquele momento, já operava com aderência direta aos objetivos traçados, particularmente para a redução da mortalidade infantil e melhoria da atenção à saúde das gestantes. A prova disso foi o reconhecimento recebido pela OMS um ano depois, através do Prêmio Sasakawa de Saúde, como melhor projeto de saúde pública dentre os apresentados, destacando o inegável impacto positivo de suas ações.

Serviço:
Evento: Setenta anos de Bancos de Leite Humano no Brasil e Dia Mundial de Doação de Leite Humano.

Local: Memorial Presidente Juscelino Kubitschek, no Distrito Federal.
Data: 22 de maio, às 10h30.

domingo, 19 de maio de 2013

Ministério diz que não há consenso sobre eficácia da mastectomia para prevenção do câncer



O Ministério da Saúde alerta que ainda não há consenso científico sobre a eficácia da cirurgia de retirada das mamas (mastectomia) como forma de prevenção do câncer. O assunto ganhou destaque depois que a atriz norte-americana Angelina Jolie anunciou que se submeteu à cirurgia após ter feito um sequenciamento genético que identificou um “defeito” no gene BRCA1. Assim como a mãe, que morreu de câncer aos 56 anos, a atriz tem uma mutação nesse gene que aumenta o risco de desenvolvimento de câncer de mama e de ovário. Segundo a atriz, a mastectomia diminuiu em 85% as chances de ela ter um câncer de mama no futuro.
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) não faz nem a mastectomia nem o exame de sequenciamento genético como forma de prevenir a doença. Segundo o Ministério da Saúde, a cirurgia para retirada das mamas só é feita depois da descoberta de um tumor. Alguns hospitais e clínicas particulares fazem o sequenciamento, que pode custar até R$ 7 mil.
“O maior problema que nós enfrentamos não é com relação à cirurgia, mas em se fazer o diagnóstico da mutação. O exame é caro, não está disponível na rede pública e nem todo mundo que teria a indicação para se fazer o exame tem acesso a ele”, disse a médica Maria Del Pilar Estevez Diz, coordenadora da Oncologia Clínica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp).
“Uma em cada nove ou dez mulheres vai desenvolver câncer de mama. Ele é muito frequente. É o principal câncer na população feminina. Segundo o Inca [Instituto Nacional do Câncer], são mais de 52 mil novos casos por ano.” Mas, para que a doença seja considerada hereditária,  não basta ter somente um caso registrado na família, como explica Maria Del Pilar. “É preciso ter uma história familiar forte, de múltiplos cânceres, e, além disso, identificar a mutação que é responsável por esse câncer hereditário”, explicou a médica. De acordo com o Ministério da Saúde, a hereditariedade responde por cerca de 10% do total de casos.
A mastectomia só é recomendada pelos médicos como prevenção quando a paciente já fez o sequenciamento genético. “Identificando-se essa paciente de risco, com muita calma, serenidade e certamente após várias consultas, deve-se discutir com ela as possibilidades de redução de risco”, disse Maria Del Pilar.
Nos casos de mulheres com histórico de câncer de mama na família, o Ministério da Saúde recomenda que elas façam acompanhamento médico a partir dos 35 anos para que o profissional avalie, junto com a paciente, os exames e procedimentos mais indicados.
“O SUS oferece gratuitamente exames para o diagnóstico precoce de câncer de mama, além de tratamento e acompanhamento de pessoas com a doença”, diz o ministério, por meio de nota, acrescentando que, no ano passado, 4,4 milhões de exames de mamografia foram feitos no país.
Para este ano, o Ministério da Saúde estimou 52.680 novos casos de câncer de mama. Em balanço de 2010, o mais recente divulgado pelo ministério, 12.852 pessoas morreram por causa da doença, sendo que, desse total, 12.705 eram mulheres.

Fonte: 
Elaine Patricia Cruz - Agência Brasil-

sábado, 18 de maio de 2013

CAMPANHA POP RUA CONTRA GRIPE 2013


CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA INFLUENZA - 2013

O SUS COMO DIREITO DE TODOS

Cléo Moraes

Pelo segundo ano consecutivo, a Esf Pop Rua (Consultório na RUA AP 1.0) com apoio da coordenação da CAP 1.0 e organização do nosso enfermeiro Sebastião Carlos, realizamos a campanha de vacinação para pessoas em situação de rua. Por questões obvias    (falta de alimentação saudável e regular baixa imunidade, exposição ao tempo, uso abusivo de substância entre outras), sabemos que esta parcela da população é muito mais vulnerável ao contágio ao vírus da influenza. 

Ao alcançar estas pessoas, estamos mostramos que o SUS é verdadeiramente um direito de todos. A prevenção é a melhor saída para que não haja evolução para outros tipos de agravos. Reparamos que entre os usuários cadastrados em nosso serviço e foram imunizados no ano passado, uma diminuição significativa de contágio.

Os locais escolhidos foram estrategicamente pensados pela equipe, em razão da grande concentração de pessoas:

Igreja Batista Farol da lapa (Local de alimentação gratuita para população de rua). 38 Imunizados.













Central de recepção Carioca (Equipamento da Secretaria Municipal de Assistência Social para recepção de crianças e adolescentes) 15 imunizados.
Centro de Recuperação EMAÚS (Abrigo da Igreja Católica para dependentes químicos)  50 imunizados.

Centro de Acolhimento Dom Helder ( Equipamento da Assistência Social para crianças e Adolescentes) 28 imunizados.















Associação Beneficente AMAR (Local de estadia para crianças-ONG) 40 imunizados.














Central de Recepção Taiguara (Equipamento da Secretaria Municipal de Assistência Social para recepção de crianças e adolescentes) 18 imunizados.













Em nossa Unidade (Ocorreu sensibilização em nossa área de abrangência para usuários cadastrado e/ou não) 25 imunizados.

Central do Brasil (Na calçada do Restaurante Popular - Nosso maior desafio pela grande aglomeração de pessoas em situação de rua e pelo mau tempo) 607 imunizados.














Terminamos hoje (17/05) nossa campanha, com a certeza do dever cumprido e com a certeza de que um SUS de equidade é possível! Parabéns á toda equipe pelo envolvimento em mais este grande momento da ESF POP RUA (Consultório na Rua AP 1.0).