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ESF POP RUA

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Parceria entre Ministério e Facebook completa um ano


Durante este período, 135 mil pessoas manifestaram o desejo se ser possíveis doadoras de órgãos
A parceria entre o Ministério da Saúde e o Facebook para incentivar a doação de órgãos entre usuários da rede social completa um ano. Durante este período, 135 mil pessoas manifestaram o desejo se ser possíveis doadoras de órgãos. A ferramenta permite que o internauta adicione esta informação a sua linha do tempo e também ao seu perfil.
O objetivo da parceria é que o usuário compartilhe a sua história de vida e os motivos que o levaram a se tornar um doador. Após a inserção da funcionalidade e a divulgação da campanha, houve um aumento de 1.780% no número de usuários na página oficial de Doação de Órgãos do Ministério da Saúde no Facebook. A rede social também disponibilizou a funcionalidade em outros países.
Em 2012, foram realizadas 24 mil cirurgias de transplantes no país, sendo 95% no Sistema Único de Saúde (SUS). Embora o Brasil tenha o maior sistema público de transplantes de órgãos do mundo, o Ministério da Saúde trabalha para aumentar o número de cirurgias e de doadores.
Para ser doadora, a pessoa deve informar à família o seu desejo e, segundo a legislação, não é necessário deixar documento escrito. Uma boa forma de informar que é doador é tornar isso público nas redes sociais.
FERRAMENTA - Na linha do tempo, clique em “Evento Cotidiano”.  Depois selecione a opção saúde e bem-estar e clique em doador de órgãos. Selecione suas configurações de privacidade para determinar quem você deseja que tenha acesso a essa informação.
Fonte: Portal da Saúde - MS


quarta-feira, 24 de julho de 2013

Vacinar meninos contra HPV tem papel crucial na prevenção, diz estudo


Aumentar a vacinação de meninos contra o vírus do papiloma humano (HPV) poderia ajudar muito a prevenir a doença no mundo, segundo um novo estudo feito pela Universidade de Toronto, no Canadá. O HPV é transmitido principalmente pelo sexo e está ligado a verrugas genitais e casos de câncer de garganta, pênis e ânus em homens, além de colo do útero em mulheres.
Na opinião do autor da pesquisa, Peter A. Newman, a imunização de garotos entre 11 e 21 anos de idade pode ter um papel fundamental na proteção de ambos os sexos contra os principais e mais agressivos tipos de HPV. Os resultados foram publicados este mês na revista "Sexually Transmitted Infections".
"A vacina já está disponível e poderia mudar esse cenário e evitar casos de câncer que às vezes resultam (do HPV)", destaca.
Newman agrupou dados de 16 estudos independentes que envolveram mais de 5 mil pessoas. Ele analisou as taxas de aceitação da vacina de HPV e quais fatores desempenham um papel determinante para homens jovens receberem ou não a dose.
As vacinas, principalmente as novas, podem ter dificuldade de alcançar o público-alvo para as quais foram desenvolvidas, segundo o autor. Esse problema é agravado pela falta de informação ou até por teorias conspiratórias sobre a eficácia e a segurança do produto.
"Infelizmente, a desinformação e os medos infundados podem resultar em mortes por câncer que poderiam ter sido evitadas com uma simples vacinação", diz Newman.
Além disso, há barreiras logísticas que podem dificultar a difusão e a aceitação das novas doses. Há ainda outros entraves que explicam as baixas taxas de imunização de HPV no mundo, como o alto custo da vacina (entre R$ 220 e R$ 400 por dose), o transporte da pessoa até uma clínica particular e o tempo de espera entre uma dose e outra – ao todo, são três, com intervalo de 2 meses entre a primeira e a segunda e de 4 meses entre a segunda e a terceira.
O pesquisador também reforça que o principal fator que impede que os homens se vacinem contra o HPV é a falta de uma conexão bem estabelecida entre o vírus e o risco de morte para eles.
"A relação de HPV e câncer do colo do útero em mulheres é responsável por popularizar a vacina entre as jovens. Infelizmente, uma ligação semelhante, que motivaria os homens a receber a dose, ainda não foi feita. Mas isso precisa mudar", afirma Newman.
De acordo com o cientista, a imunização para meninos no Canadá é recente e até agora teve baixo índice de aceitação. Para que isso mude, na visão dele, é necessária a participação ativa de médicos, assistentes sociais e instituições públicas de saúde para transmitir os benefícios da vacina aos meninos e o papel positivo que ela pode desempenhar ao manter a população mais segura e saudável.
HPV (Foto: Arte/G1)

terça-feira, 23 de julho de 2013

Rede de saúde contará com programa para transexuais.


A rede pública de saúde da cidade do Rio de Janeiro contará com um programa específico para o atendimento de transexuais e travestis. Publicada ontem no Diário Oficial do município, uma resolução conjunta da Secretaria municipal de Saúde e da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual (CEDS), da Secretaria municipal de Governo, criou o Programa de Atenção Integral à Saúde da População de Transexuais e Travestis, que deve ser regulamentado em até 90 dias. Os recursos para o projeto — em torno de R$ 2 milhões na primeira fase — são do Fundo Municipal de Saúde.
A porta de entrada do programa vai ocorrer pelas unidades de atenção primária (clínicas da família e centro municipais de saúde). Serão atendidas as demandas de usuários que buscam modificações corporais do sexo ou ainda que estejam vulneráveis aos riscos da realização dessas intervenções. O programa prevê, por exemplo, o tratamento das complicações ocasionadas pelo uso do silicone industrial e ainda a utilização abusiva de hormônios. O paciente, após consulta com o clínico geral, será encaminhado para especialistas via Sistema de Regulação (Sisreg).
— A grande inovação desse programa é o atendimento na atenção primária. Em função ao temor em sofrer preconceito, muitas pessoas do seguimento trans nem chegavam a procurar esses locais. Serão acolhidas as especificidades de cada um. Com isso, transexuais e travestis são se sentir mais acolhidos na rede — explicou Daniela Murta, assessora técnica de saúde da CEDS.
O programa deverá atender 80 pessoas em sua primeira fase. Caso seja necessário, os pacientes serão encaminhados para atendimento de psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia e serviço social. Os usuários também terão acesso a hormonioterapia. De acordo com a Secretaria municipal de Saúde, não há mudanças no encaminhamento para os casos de cirurgia — realizadas pelo Hospital Pedro Ernesto.
O presidente do grupo Arco-íris, Júlio Moreira, lembra que as travestis costumam ficar de fora das políticas de atenção aos transexuais. Com isso, muitas estão a mercê da automedicação.
— Essas políticas de inclusão são importantes. A demanda existe e precisa ser visualizada. Uma travesti bem acolhida na rede básica de saúde voltará para se cuidar mais e indicará outras pessoas para o tratamento. O acolhimento do SUS (Sistema Único de Saúde) é para todos e todas, inclusive, travestis e transexuais — avaliou.
O secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, também fala da importância do programa para garantir os direitos de travestis e transexuais:
— Essa resolução coloca em prática o espírito do SUS , que é do direito universal à saúde, assegurado a qualquer cidadão.
A transexual Indianara Siqueira, de 42 anos, uma das organizadoras da Marcha das Vadias e integrante do GrupoTransRevolução, também comemorou a publicação da resolução.
— Já vínhamos conversando com a prefeitura sobre esse programa há bastante tempo. Ele é uma vitória para o movimento — disse Indianara.

Fonte: O globo


segunda-feira, 22 de julho de 2013

Governo apresenta ações de saúde montadas para JMJ


EVENTO DE MASSA

Para a Jornada Mundial da Juventude, que ocorre no Rio de Janeiro entre os dias 23 e 28 de julho, foi desenvolvido plano integrado que envolve, inclusive, envio de profissionais da Força Nacional do SUS

As ações de Saúde para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) começam a ser implementadas a partir desta semana, período que antecede ao evento. Já estão em atuação, os Centros Integrados de Operações Conjuntas da Saúde (CIOCS) Nacional e Regional (composto por municípios e estado do Rio) que, a exemplo da Copa das Confederações, vão monitorar todos os eventos de saúde que ocorrerem durante e após cada evento para responder, de forma qualificada, rápida e eficaz às emergências de saúde pública. Outros atores envolvidos podem ser integrados ao CIOCS, como Bombeiros, Defesa Civil e Forças Armadas.
O planejamento das ações foi apresentado nesta sexta-feira pelo diretor do Departamento de Vigilância Ambiental e Saúde do trabalhador do Ministério da Saúde, Guilherme Franco Netto, no Forte de Copacabana, Rio de Janeiro. O plano está sendo executado em parceria com as secretarias municipais e Estadual de Saúde. Na próxima semana, o Ministério da Saúde vai enviar para o estado cinco equipes da Força Nacional do SUS, num total de cinco médicos, seis enfermeiros e seis técnicos em enfermagem para auxiliar nas atividades locais.
Além desses profissionais, 14 técnicos do Ministério da Saúde e Anvisa se juntarão ao CIOCS no Rio de Janeiro para dar assistência às equipes das secretarias estadual e municipais. Na semana que vem, também será montado o CIOCS em São Paulo, composto por estado e município, que também receberá atividades da Jornada Mundial da Juventude e contará com o apoio do Ministério da Saúde.
“O SUS vem se aprimorando para lidar com eventos de massa, fazendo com que todas as esferas de governo estejam preparadas para dar continuidade às ações regulares de atenção à saúde, assegurando o atendimento à população, além de atenderem oportunamente as demandas de saúde específicas de cada evento”, informou Guilherme Franco Netto.
Durante todos os jogos da Copa das Confederações, que ocorreram em junho, o CIOCs também foi instalado em âmbito regional e nacional, em caráter extraordinário e temporário. O monitoramento mostrou, por exemplo, que dos 1.483 atendimentos feitos dentro e fora dos estádios da competição, mais de 97% foram resolvidos no local, sem necessidade de remoção às unidades de saúde, ou seja, a rede pública de saúde local não foi sobrecarregada.
A Jornada Mundial da Juventude acontece no Rio de Janeiro, entre os dias 23 e 28 de julho. Mas, todos os gestores do SUS estão mobilizados porque a Semana Missionária – que antecede a JMJ – já começou a acontecer desde o último sábado (13) em centenas de municípios. A previsão estimada de público para o evento é de cerca de 2,5 milhões de pessoas. Além da presença do Papa Francisco, haverá comitiva papal, deslocamento de representantes religiosos da Igreja Católica e a presença de políticos, bem como da Presidência da República.
AÇÕES– O  Ministério da Saúde vêm articulando há um ano com as secretarias estaduais e municipais a organização das ações para assistência e garantia de acesso à rede para os fieis em todas as situações de urgência ocorridas durante a JMJ. Foram elaborados Planos de Contingência unificados, com matriz de responsabilidades nas três esferas de gestão, incluindo a preparação da Rede Hospitalar e de Urgência (SAMU e UPA), Hospitais de Campanhas em pontos estratégicos, assim como a garantia de acolhimento a todos os pacientes atendidos nas fases pré, durante e pós-evento. Foi também elaborado o Plano Operativo Tripartite, que reúne estratégias de ação no âmbito das vigilâncias ambiental, epidemiológica e sanitária e atenção à saúde.
Foram promovidas também ações para a redução dos impactos na saúde da população, sobretudo, a prevenção e o cuidado com as doenças transmissíveis e a organização da rede de serviços.
A responsabilidade das ações de promoção e prevenção à saúde é da esfera municipal, com apoio das esferas estaduais e federais, que integrados a Cúria realizaram campanhas preventivas relacionadas ao evento. Um exemplo foi a administração de 8,4 mil doses suplementares da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba a profissionais de linha de frente do Rio de Janeiro, como taxistas, funcionários de hotéis, trabalhadores dos hospitais de referência e das arquidioceses. O objetivo é reforçar o bloqueio na população brasileira principalmente contra o vírus do sarampo, que não circula no Brasil desde 2001, mas ainda está presente em países dos continentes europeu e asiático.
INFORMAÇÕES– Para ampliar o acesso do turista brasileiro e internacional a informações de saúde, o Ministério da Saúde lançou a página Saúde do Viajante (www.saude.gov.br/viajante), com dicas práticas e informações essenciais que irão ajudar o turista (brasileiro ou do exterior) a proteger a saúde, detalhes sobre a rede de atenção à saúde, especialmente a Rede Hospitalar e de Urgência, quais são as doenças endêmicas e quais vacinas é preciso tomar e como acessar a Rede de Atenção Básica para imunização. As orientações são para todos os tipos de públicos: para quem viaja no Brasil, para outros países, e para quem entra no país.
Em caso de urgência e emergência, deve-se acionar o telefone SAMU 192. O usuário será acolhido por uma equipe das centrais de regulação médica das urgências com as informações necessárias para cada caso.
 
Fonte: Portal  da Saúde
 

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Experiência exitosa de redução de danos



Downtown Eastside (“DTE”) é uma comunidade densamente povoada e com alto índice de pobreza, uso de drogas e habitação inadequada. Ela fica localizada a poucos minutos – a pé- do centro de Vancouver e desde 1990 sofre com o uso abusivo de drogas injetáveis. O consequente compartilhamento de seringas entre os usuários caracterizou uma epidemia de HIV / AIDS e hepatite C, levando as autoridades canadeneses a declararem, em setembro de 1997, uma emergência de saúde pública no local.
Foi então que as autoridades de saúde reconheceram a necessidade soluções criativas para atender à população marginalizada – moradora de rua – e com complexas questões de saúde mental, física e emocional. Nesse cenário controverso começou, em 1991, o trabalho da PHS Community Services Society.
O PHS tem o objetivo de promover serviços e moradia; criar um senso de comunidade; fornecer asilo, defesa, serviços e habitação para aqueles que têm doenças mentais, deficiência física, HIV / AIDS, história de atividade criminosa, problemas de abuso de substânciase; além de promover, desenvolver, e manter habitação a preços acessíveis e apoiar os adultos que não tenham ou apresentam dificuldade de acesso a moradias adequadas. Esses propósitos foram difundidos em vários projetos e serviços.
O DTE concentra cerca de 4 mil pessoas vivendo em situação de rua ou moradia instável. Atualmente, a PHS conta com 18 hotéis que abrigam 1178 pessoas, as quais recebem uma bolsa do governo, que é revertida para o pagamento do aluguel dos quartos e manutenção dos serviços de abrigamento. Esse programa reduziu em mais de 85% o número de moradores de rua. O mais antigo do programa, o Stanley New Foutain Hotel, tem 87 abrigados, em sua maioria usuários de drogas injetávies que possuem problemas psiquiátricos graves. Há um número alto de overdoses no prédio.
Integrante do PHS, o Washington Needle Depot (WNP) surgiu logo após o fechamento de um programa de distribuição de seringas operado sob uma tenda na esquina da Main Street e Hastings Street. Em 1993, através desse programa, a PHS foi a primeira agência em Vancouver a operar “in loco” com um programa de distribuição fixa de seringas e agulhas, e a primeira organização em Brisith Columbia a receber financiamento dos programas de prevenção do HIV.
A distribuição ilimitada de seringas realizada pelo programa contribuiu para a diminuição da epidemia de HIV na cidade. Atualmente ele apresenta uma redução de 38% do risco de HIV entre na população de Vancouver.
Aliado a isso, existe um programa móvel de distribuição de insumos a domicílio, que também recolhe as seringas e o material usado para descarte; e esvazia, diariamente, as 28 caixas fixas espalhadas pelo DTE com as agulhas e material já utilizado; além de recolher as seringas e agulhas descartadas de maneira imprópria. O programa trabalha em 9 pontos do DTE específicos toda a manhã dando orientações à população na rua e distribuindo material.
Outros projetos criados pelo PHS Community Services Society para o tratamento e acompanhamento de usuário de drogas injetáveis são o “Heroin Perscrition Trial” e o “Low Theewshold Methadone Clinic”. Os programas, desde 1996, aumentaram o acesso ao tratamento pela metadona em 42,8%. O trabalho é baseado em uma visão integral do usuário de drogas e no vínculo pessoal. Assim, se a pessoa não aparece por alguns dias, algum profissional vai a casa dela para saber o que aconteceu e também verifica se a pessoa têm outros problemas de saúde, como HIV, Hepatite C, hipertensão, tuberculose, entre outros.

A organização mantem um local para injeção supervisionada de drogas e um programa de desintoxicação, conhecido como Insite que recebe a visita de mil pessoas diariamente para uso monitorado de drogas. O centro tem como foco a política de redução de danos por consumo de drogas psicoativas, principalmente heroína, cocaína e morfina. Graças ao tratamento já foram evitadas 1778 mortes por overdose, segundo pesquisa do Urban Health Research Institute.
No segundo andar do Insite, funciona o Onsite, local onde os usuários têm acesso a quartos e banheiros privados para se desintoxicar. A última etapa do tratamento é a recuperação e estabilização dos usuários para a conexão com os programas de tratamento da comunidade e de habitação. O acompanhamento contínuo e sigiloso dos participantes se garante mediante o uso de codinomes.
O Managed-Alcool Program (MAP), que começou em 2011 com o objetivo de reduzir danos causados pelo consumo excessivo de álcool, tem 12 integrantes e custa cerca de $350 por participante. Os beneficiários, que antes bebiam “Listerini” por conta do alto preço da bebida alcoólica no Canadá, ingerem doses supervisionadas de álcool de boa qualidade e têm acesso a tratamento de hipertensão e diabetes. Com isso, reduziu-se radicalmente a ida aos hospitais.
No PHS, o foco do trabalho passou das drogas ao indivíduo. A acessibilidade às drogas continua a mesma, mas conseguiu-se reduzir o número de pessoas encarceradas, a incidência de HIV, Hepatite C e as mortes por overdose. Assim, essa experiência nos convida a pensar em tirar o foco das drogas e redirecionar nossos esforços para o cuidado da população e, particularmente, dos usuários de drogas.
Fonte: CBDD - Comissão Brasileira Sobre Drogas e Democracia

quinta-feira, 18 de julho de 2013

5 problemas de saúde que podem começar pela boca

Ao falar de saúde bucal, automaticamente vem à cabeça cárie, gengivite, mau hálito. Mas a lista de doenças ligadas à boca vai muito além disso, afeta, inclusive, outras partes do corpo. Doenças cardiovasculares; partos prematuros e nascimentos de baixo peso; descontrole da diabete, são algumas das enfermidades que podem ser associadas à saúde bucal já estudadas por pesquisadores.
Diabetes
Diabéticos podem apresentar, entre outros sinais, hálito de "acetona", inflamações das gengivas e perda óssea ao redor dos dentes, feridas bucais e boca seca. Falando em números, os portadores da doença têm, aproximadamente, quatro vezes mais chances de ter inflamações das gengivas e perdas do suporte ósseo dos dentes.  

O agravamento desses quadros também pode se relacionar com complicações da diabetes. É uma via de mão dupla em que uma doença pode afetar o curso da outra, ou seja, a diabetes dificulta o tratamento das doenças periodontais que, por sua vez, agravam a diabetes. “Prevenir, especialmente as infecções de boca, é o melhor remédio”, diz o cirurgião-dentista Rodrigo Guerreiro Bueno de Moraes, consultor científico da Associação Brasileira de Odontologia (ABO).  
 
A boa notícia é que é possível restabelecer a saúde bucal depois que as doenças periodontais se instalam. O primeiro passo é se informar sobre a diabetes e, principalmente, como controlá-la. Em seguida, fazer um tratamento bucal sério, além de ter cuidado diário com a boca, conforme a instrução do dentista. “Pacientes com bons hábitos de higiene bucal, visitas regulares ao dentista e providos de cuidados no controle do diabete podem ter vida normal e reabilitar-se em termos de qualidade de vida”, afirma o especialista. 

Doenças do coração
Um estudo realizado pela Unicamp com 180 pacientes cardíacos constatou que as pessoas com cardiopatia tinham de duas a três vezes mais problemas periodontais do que o grupo que não tinha doença coronariana. Os pesquisadores analisaram fragmentos arteriais desses pacientes e fizeram a detecção do DNA bacteriano. “Quase 60% dos nossos pacientes tinham a bactéria bucal nas artérias coronárias”, diz o periodontista Fernando José de Oliveira, autor da pesquisa.
 
O que ocorre é que o ferimento na gengiva causado pela periodontite é a porta de entrada para a bactéria cair na corrente sanguínea. Quando isso acontece há o risco de parar no coração, o que provoca inflamação nas artérias. Esse processo pode aumentar, inclusive, os níveis de colesterol de um indivíduo. 
 
Segundo o cardiologista e nutrólogo do HCor, Daniel Magnoni, existe um trabalho amplo de conscientização da relação entre higiene bucal e doenças do coração. “No Instituto Dante Pazzanese, o ambulatório de saúde bucal é muito ativo, com campanhas de conscientização e educação em higiene bucal”, diz.

Impotência
Um estudo feito pela Universidade Inonu, na Turquia, concluiu que pessoas com gengivas inflamadas são três vezes mais propensas a ter problemas de ereção. Participaram da pesquisa 80 homens com disfunção erétil, entre 30 e 40 anos, e 82 homens sem problemas de impotência. No grupo dos que tinham a disfunção, 53% apresentavam gengivas inflamadas, contra 23% no grupo de controle.

A explicação para isso ocorrer é parecida com a endocardite – as bactérias que ficam na boca podem entrar na corrente sanguínea pela gengiva. Esses micro-organismos criam placas nos vasos sanguíneos, entupindo-os. Assim, a ereção fica mais difícil. Adicionalmente, a periodontite também bloqueia uma enzima chamada eNOS, que ajuda os homens a conseguir uma ereção.
 
Segundo o médico Geraldo Eduardo Faria, chefe do departamento de Sexualidade Humana da Sociedade Brasileira de Urologia, estudos mostram que metade dos homens na faixa etária entre 40 e 70 anos sofrem de algum grau de disfunção erétil que é classificada em leve, moderada ou severa. “O estudo MMAS realizado nos Estados Unidos mostrou uma incidência de 52%, sendo que a ocorrência aumenta com a idade e também está relacionada a fatores de risco”, diz. 
  
HPV
Segundo uma pesquisa feita pela Faculdade de Saúde Pública da USP com 1.475 pacientes, 72% dos casos de câncer de cabeça e pescoço apresentou o vírus HPV do tipo 16 - o mais relacionado ao desenvolvimento de câncer de cabeça e pescoço. 
Nas avaliações mais antiga, feitas entre os anos 1998 e 2003, o índice encontrado foi de 55%, um aumento de 17 pontos porcentuais.
 
“Em um trabalho científico realizado na Unifesp, em que estudamos 50 casos de câncer de boca, indicou a presença de HPV em 74% dos casos”, diz o doutor Artur Cerri, coordenador da Escola de Aperfeiçoamento Profissional da APCD (Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas). “É fundamental que a prevenção do câncer de boca passe pela prevenção do HPV oral.
 
Parto Prematuro
A doença periodontal pode trazer inúmeros malefícios tanto à gestante, pelo desconforto e dor típicos desta alteração, quanto ao feto em formação. Há fortes evidências de que mães com doença periodontal têm mais chance de ter filhos prematuros (abaixo de 37 semanas de gestação) e com baixo peso (inferior a 2500 g). 

“Os pesquisadores acreditam que os estímulos inflamatórios podem induzir uma hiperirritabilidade da musculatura lisa uterina, provocando contração do útero e dilatação cervical, atuando como gatilho para o parto prematuro”, diz a dentista Rosana de Fátima Possobon, professora da Faculdade de Odontologia da Unicamp.
Ao avaliar saliva e gengiva de mais de 300 grávidas e comparar com os dados de seus partos, pesquisadores da Universidade de Nova York verificaram que quanto maior a incidência da bactéria actinomyces, principalmente no terceiro trimestre da gestação, maior o risco. Ou seja, para um aumento de 10 vezes na presença da bactéria, notou-se uma redução de até 60 gramas no peso do bebê e antecipação de até dois dias no parto.
Fonte: SaúdeTerra.com.br

terça-feira, 16 de julho de 2013

Ministério da Saúde amplia acesso à vacina contra hepatite B


A partir de agora, pessoas com até 49 anos podem receber a vacina gratuitamente em qualquer posto da rede pública. A medida deve beneficiar cerca 150 milhões de brasileiros
O Ministério da Saúde ampliou a faixa etária de vacinação contra a hepatite B. A partir de agora, homens e mulheres com até 49 anos poderão receber a vacina gratuitamente em qualquer posto de saúde. A medida beneficia um público-alvo de 150 milhões de pessoas - 75,6% da população total do Brasil. No ano passado, a idade limite para vacinação gratuita era até 29 anos.  A vacina é a medida de prevenção mais segura e eficaz contra a hepatite B e hepatite D.
O secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, explica que a proteção é garantida quando a pessoa recebe três doses da vacina. A segunda dose deve ser aplicada 30 dias após a primeira e, a terceira, seis meses após a primeira.  “Todas as crianças recém-nascidas são vacinadas, mas estamos expandindo a faixa etária a outros grupos visando à eliminação da doença no futuro. Ela é segura, feita com engenharia genética e não tem contraindicação”, ressaltou o secretário.
A vacina também é oferecida aos grupos mais expostos à doença, independentemente da faixa etária, como gestantes, manicures, pedicures, podólogos, caminhoneiros, bombeiros, policiais civis, militares, rodoviários, doadores de sangue, profissionais do sexo e coletores de lixo domiciliar e hospitalar. Em 2012, mais de 15,7 milhões de pessoas foram protegidas contra a hepatite B.
SOBRE A DOENÇA - As hepatites são doenças que atacam o fígado, um dos órgãos mais importantes do corpo humano. Estimativas apontam que 2,3 milhões de brasileiros são portadores das hepatites, sendo (800 mil) do tipo B e (1,5 milhão) do tipo C. Toda a produção da vacina de hepatite B é feita pelo Instituto Butantan. O laboratório público abastece o Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde desde 1996.  
A hepatite B é uma doença sexualmente transmissível, mas também pode ser transmitida pelo contato com sangue e por materiais cortantes contaminados, como alicate de unha. Por isso, o Ministério da Saúde alerta que, além do uso da camisinha em todas as relações sexuais, não se deve compartilhar escova de dente, alicates de unha, lâminas de barbear ou depilar. É importante também sempre usar materiais esterilizados ou descartáveis em estúdios de tatuagem e piercing, serviços de saúde, acupuntura, procedimentos médicos, odontológicos e hemodiálise.
SINTOMAS - Nem sempre a hepatite B apresenta sintomas. Quando aparecem, podem provocar cansaço, tontura ou ânsia de vômito. A pessoa pode levar anos para perceber que está doente. O diagnóstico e o tratamento precoce podem evitar a evolução da doença para cirrose ou câncer de fígado, por exemplo. O teste, o tratamento e o acompanhamento das hepatites virais estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2012, foram distribuídos 759,2 mil testes rápidos para triagem de hepatite B. Outros 5,1 milhões de testes convencionais foram realizados no SUS.

Fonte: Portal da Saúde

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Prefeitura do Rio oferece terapias complementares na rede de atenção


Práticas Integrativas e Complementares

A estruturação e o fortalecimento da atenção em Práticas Integrativas e Complementares (PIC) na rede de atenção da cidade do Rio de Janeiro é um dos principais objetivos do Programa de Práticas Integrativas e Complementares da Secretaria Municipal de Saúde. A intenção é estimular o uso de mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de tecnologias eficazes e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade.

 Serviços




Homeopatia

• Assistência médica realizada por médicos homeopatas, distribuídos em unidades de saúde (nível ambulatorial) cobrindo as 10 Áreas de Planejamento (APs) da rede municipal;
• Ações de educação permanente envolvendo capacitação dos homeopatas e dos oficiais e acadêmicos bolsistas da farmácia homeopática;
• Assistência farmacêutica: duas farmácias de homeopatia na Prefeitura do Rio, sendo uma na Policlínica Hélio Pellegrino (Praça da Bandeira) e outra no Hospital Municipal Raphael de Paula e Souza (Curicica), com o objetivo de prestar assistência farmacêutica em homeopatia na rede municipal e garantir a qualidade do medicamento oferecido aos usuários.
  
Plantas Medicinais / Fitoterapia

• Assistência médica realizada por médicos capacitados da rede municipal;
• Ações de Educação em Saúde nas unidades através de grupos de usuários de plantas medicinais;
• Ações de educação permanente envolvendo capacitação dos médicos, farmacêuticos  dos oficiais e acadêmicos bolsistas da farmácia de fitoterapia;
• Assistência farmacêutica: os fitoterápicos industrializados são dispensados aos usuários do SUS através de prescrição por profissional habilitado, nas unidades de saúde.
  
Medicina Tradicional Chinesa / Acupuntura / Práticas Corporais

• Assistência com acupuntura: realizada por profissionais acupunturistas, distribuídos em unidades de saúde (nível ambulatorial primário e secundário);
• Auriculoterapia: oferecida em várias unidades, inclusive como recurso complementar aos usuários em tratamento de tabagismo, sobrepeso e obesidade;
• Reflexologia Podal: como prevenção e promoção ao pé diabético;
• Atividade física: os exercícios orientais auxiliam a necessária movimentação da energia pelo corpo, são suaves e relaxantes, estratégias para prevenção e promoção de saúde.

Clique aqui para ver a relação das unidades que oferecem as práticas integrativas e complementares
  
Responsável pela área:
Dra. Maria Cristina Nascimento Barros
Tel: 3971-1912

Equipe:
• Homeopatia
Dra. Lorna Carstens
Dra. Ana Teresa Ocampo

• Plantas Medicinais e Fitoterapia
Dra. Helene Frangakis de Amorim
Dr. Antonio Carlos Seixlack
Dr. Jair Cordeiro

• Medicina Tradicional Chinesa / Acupuntura / Práticas Corporais
Dr. Taruno Setianto
Dr. Ronaldo Azem
Gabriel Vieira
Esmeralda Corrêa
Cleia Pereira – Massagista

Fonte: rio.rj.gov.br

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Campanha mundial em hospitais públicos busca prevenir fraturas de repetição


 A Fundação Internacional de Osteoporose (IOF, a sigla em inglês) lança hoje (12) no Rio a campanha  mundial  Capture the Fracture, que será implantada até o fim deste ano nos hospitais públicos de todo o país. Em um primeiro momento, a campanha  abrangerá os hospitais públicos do estado do Rio. O  objetivo é identificar as pessoas que já tiveram fratura por osteoporose (doença que afeta os ossos, com perda de massa óssea).
“Porque essas pessoas têm risco muito maior de ter uma segunda fratura do que aquelas, por exemplo, que têm osteoporose e nunca tiveram uma fratura antes”, disse o vice-presidente do Comitê de Doenças Osteometabólicas da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot) e chefe do Serviço de Ortopedia do Hospital Federal de Ipanema, Bernardo Stolnick.
A unidade do Ministério da Saúde já implementou a campanha há dois anos, por meio do Programa de Prevenção a Refraturas (PrevRefrat), considerado referência no mundo entre os serviços de excelência que adotam o parâmetro. O PrevRefrat servirá de modelo para os demais hospitais brasileiros, porque adota a linha e a filosofia da campanha da IOF.
Será lançada também nesta sexta-feira campanha informativa da Sbot regional Rio de Janeiro em todos os hospitais públicos do estado que tenham ambulatório de ortopedia ou emergência ortopédica. O objetivo é orientar as pessoas que já tiveram fratura por fragilidade óssea, ou seja, que decorre de uma queda simples, a ligar para o  PrevRefrat para agendar consulta e tratamento. O programa do Hospital Federal de Ipanema tem, no momento, 250 pacientes em tratamento, sendo que apenas cinco tiveram refratura. “Ou seja, temos uma taxa de refratura de 2%. Provavelmente, é a melhor taxa do mundo”, avaliou Stolnick.
Segundo o especialista, já está comprovado o sucesso  da filosofia da campanha da IOF em relação à  gestão pública dos pacientes que têm osteoporose. Além de maior risco de ter as chamadas fraturas de repetição, esses pacientes apresentam mais taxas de internação e reinternação, “gerando um custo social,  humano e financeiro grande para todos os países”.
A pior das fraturas é a de fêmur, que exige cirurgia e internação e tem elevada taxa de mortalidade. Stolnick informou que 50% das pessoas que tiveram esse tipo de ocorrência, “antes disso tiveram outra fratura qualquer”. Ele explicou que, se houver a intervenção em pacientes depois desse primeiro caso, consegue-se reduzir entre 50% e 60% a ocorrência de fratura de fêmur.
Stolnick disse ainda que existe o compromisso de reduzir em 20% a incidência de fratura de fêmur em todo o mundo até 2020. “A única forma de fazer isso é intervindo em relação a esses pacientes” - daí a importância de lançar a campanha no Brasil. O  chefe do Serviço de Ortopedia do Hospital Federal de Ipanema ajudou a elaborar o painel de boas práticas da campanha.
Dados da IOF mostram que uma fratura por osteoporose ocorre a cada três segundos no mundo, correspondendo a 25 mil casos por dia ou 9 milhões por ano. Stolnick acrescentou que uma fratura vertebral ocorre a cada 22 segundos. “Uma em cada quatro mulheres depois dos 50 anos de idade vai ter uma fratura osteoporótica e um a cada cinco homens também”. Só que os homens não parecem se preocupar com a osteoporose. Ele alertou que, com o aumento da longevidade da população, haverá mais gente com essa deficiência óssea e tendo fraturas. No Brasil, a estimativa é que 10 milhões de pessoas tenham osteoporose hoje.
A projeção para 2050  é que haverá uma fratura de quadril na América do Sul a cada 72 segundos, com base no crescimento da população e no aumento da longevidade. “Então, é  imperioso que você reduza esse número de fraturas. E a melhor forma, mais efetiva e mais barata é intervir em relação aos pacientes que já tiveram fratura por osteoporose. Esta é a base da campanha”, reiterou. 
Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Pesquisa avalia implementação de Profilaxia Pré-Exposição ao HIV


O Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec/Fiocruz) realizará, em agosto e setembro deste ano, um estudo demonstrativo que pretende avaliar a melhor forma de oferecer a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) ao vírus HIV no Brasil. Em pesquisa anterior, concluída em 2010, foi constatado que esse método ofereceu proteção significativa contra a infecção pelo vírus da Aids entre homens que fazem sexo com homens.
O novo estudo contará com 400 voluntários, sendo 200 no Rio de Janeiro e 200 em São Paulo. O perfil buscado são homens com mais de 18 anos, HIV negativos e que fazem sexo com homens. Eles usarão, de forma contínua, o antirretroviral Truvada, mantendo a rotina de relações sexuais, e serão acompanhados durante um ano. Os interessados em participar podem se informar pelo telefone (21) 2260-6700.
O resultado deste trabalho poderá fornecer informações importantes ao Ministério da Saúde sobre quais seriam as necessidades estruturais para a implementação deste método de prevenção no país. O PrEP ainda não está disponível aos brasileiros por carecer de registro do medicamento Truvada.
Integram a pesquisa o Centro de Referência e Treinamento DST/Aids da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo e da Universidade de São Paulo (USP).

Aids no mundo

Existem atualmente cerca de 34 milhões de pessoas em todo o mundo vivendo com HIV/Aids, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Destes, em torno de 9,7 milhões recebem tratamento antirretroviral. Apesar dos avanços, a epidemia continua presente. Em 2010, foram estimados 2,7 milhões de casos novos de pessoas infectadas pelo HIV.
Fonte: Portal FiOCRUZ

terça-feira, 9 de julho de 2013

Vítima de estupro será atendida com urgência

O Senado aprovou dia 05, um projeto que assegura atendimento e tratamento imediatos em todos os hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) para vítimas de violência sexual. De acordo com o texto, que agora segue para sanção da presidente Dilma Rousseff, as unidades de saúde públicas ou conveniadas ao SUS precisam oferecer atendimento "emergencial, integral e multidisciplinar" - o que inclui auxílio psicológico e assistencial.
A partir da sanção presidencial, a futura lei entrará em vigor em 90 dias. Segundo a norma, os hospitais precisam oferecer medidas de precaução de gravidez, incluindo aí a distribuição da chamada pílula do dia seguinte, quando for o caso. A atuação preventiva dos médicos também se estende a doenças sexualmente transmissíveis. E as lesões também deverão receber tratamento da unidade de saúde.
DNA. O projeto aprovado determina que médicos e policiais atuem em conjunto. Uma das possibilidades seria a coleta de material genético para que serviços de perícia consigam identificar o agressor via exame de DNA. A medida já é adotada e regulada por um protocolo do SUS. Com a aprovação do texto pelo Senado, a prática torna-se lei. O atendimento é gratuito.
O projeto não restringe a garantia de atendimento a mulheres, mas estende esse direito a todas as possíveis vítimas de violência sexual, como homossexuais, transexuais e travestis. O texto também não faz restrição de idade ou gênero. Segundo o senador Wellington Dias (PT-PI), a falta de uma legislação disciplinando o atendimento dificultava o trabalho da polícia, uma vez que não seria tão comum a prática de coletar material genético para auxiliar na identificação do agressor.
'Feminicídio'. Depois de um ano de trabalho, a Comissão Parlamentar Mista da Violência contra a Mulher aprovou ontem relatório de 1.046 páginas com uma série de propostas de mudança na legislação e de recomendações ao Judiciário, ao Executivo e ao Ministério Público para enfrentar um problema que atinge uma em cada três brasileiras. Sugere-se, por exemplo, alterar o Código Penal para denominar de "feminicídio" o crime de morte contra a mulher praticado por alguém que teve relação íntima com ela.
Fonte: O estadao

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Especialista destaca importância de diagnóstico da hepatite C pela rede pública de Saúde

Os Estados Unidos recomendam que todas as pessoas nascidas entre os anos de 1945 e 1964 façam teste de hepatite. Essa faixa de idade é conhecida como Geração Baby Boomer. São pessoas que nasceram a partir de uma explosão populacional após a 2º Guerra Mundial. O Departamento de Saúde decidiu criar uma força-tarefa para fazer os testes que podem indicar a contaminação em todas as pessoas nascidas entre 1945 e 1965.
O professor gastroenterologista e hepatologista, Hugo Cheinquer, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), disse que estudos realizados nos Estados Unidos indicam que cerca de 80% dos infectados pelo vírus C da hepatite se encontram nessa faixa de idade. “Essas pessoas estavam em risco de infecção pelo comportamento da faixa etária, de mais transfusões de sangue e uso de drogas a partir da década de 60. O período pegou todas as modas que foram passando e se infectou mais que os outros. Oitenta por cento das pessoas com vírus C, nos Estados Unidos, estão nessa faixa etária”, explicou.
O médico informou que as estatísticas brasileiras podem ser diferentes, até porque não há estudos populacionais suficientes para verificar se os infectados com vírus C, no país, nasceram no período da Geração Baby Boomer. Ainda assim, ele considera importante fazer uma avaliação entre os pacientes no Brasil, para verificar a faixa de idade. “Até hoje, tudo que os Estados Unidos tem descoberto com relação ao vírus C tem se aplicado no Brasil. Então, eu acho que no Brasil funcionaria também essa estatística”, disse.
No país, embora o tratamento da doença tenha evoluído, a partir de junho, com a criação de centros para implantar o uso de medicamentos mais eficientes e modernos, o especialista apontou que a rede de atendimento no Brasil ainda é precária. “Uma coisa é descobrir as pessoas que têm o vírus outra é ter uma estrutura preparada no país para receber estas pessoas e tratá-las”, explicou o professor da UFRGS. Segundo ele, a estimativa, no Brasil, é que existam 2 milhões de pessoas infectadas pelo vírus C. Destes, 150 mil foram diagnosticados, acrescentou.
Hugo Cheinquer disse que hepatite C tem cura se diagnosticada e tratada precocemente. Ele informou que os dados do Ministério da Saúde indicam que cerca de 2 milhões de brasileiros estão infectados. O problema, segundo o médico, é que a maior parte nem sabe que tem a doença, classificada por ele, como silenciosa. “[A doença] começa a aparecer nas fases finais com uma cirrose ou um câncer”, acrescentou.
Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Governo vai criar grupo para discutir atenção à saúde dos idosos


O governo federal vai criar um fórum permanente para discutir a atenção à saúde do idoso. Para isso, será realizada uma reunião, no dia 13 de agosto, com a participação de representantes dos ministérios da Saúde e da Previdência e da Secretaria-Geral da Presidência da República.
Os primeiros temas a serem debatidos pelo Grupo de Atenção à Saúde do Idoso são as incluídas na pauta de reivindicações que entidades representativas de aposentados e pensionistas encaminharam ao governo federal, como a inclusão de novos medicamentos no Programa Famácia Popular, do Ministério da Saúde.
Dos quase 70 remédios sugeridos pelas entidades representativas da população idosa, apenas dois contém princípios ativos que não constam na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename): rosuvastativa cálcica e pantoprazol. Mesmo assim, muitos pacientes deixam de adquirir sua medicação com preço subsidiado porque o médico anota no receituário o nome comercial e não o título genérico ou o princípio ativo do fármaco, impossibilitando a aquisição do produto pela Farmácia Popular.
Sobre esse assunto, o diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, José Miguel do Nascimento Júnior, explicou que todo paciente atendido por médico do Sistema Único de Saúde (SUS) tem o direito de receber sua receita com a discriminação do princípio ativo do medicamento, e não em código ou com o nome comercial. Como a maioria dos cidadãos desconhece a regra, termina não exigindo o seu cumprimento.
Para o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, é necessário fazer uma campanha de divulgação para esclarecer os direitos e também mostrar o que já está disponível para os idosos no Farmácia Popular. “Vamos fazer essa divulgação, até para que haja, na ponta, uma cobrança às farmácias e aos médicos e, assim, o paciente ter, de fato, acesso à medicação que está disponível”, afirmou Gilberto Carvalho, que nesta quarta-feira (03) participou de reunião com as entidades representativas dos idosos, em conjunto com o ministro da Previdência, Garibaldi Alves.
No dia 13 de agosto, após a reunião no Ministério da Saúde, os representantes dos aposentados e pensionistas voltam a debater sua pauta de reivindicações no Ministério da Previdência Social. Um dos assuntos já definidos é a discussão a respeito de ampliar a Coordenação Geral dos Direitos do Idoso, ligada à Secretaria de Direitos Humanos, para que o órgão possa ampliar o seu papel e se transformar em um canal direto para atender às reivindicações e necessidades dos idosos. A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos, deverá participar do encontro.
“Até a data da próxima reunião, outros assuntos deverão ser incorporados à pauta. A intenção do Ministério da Previdência Social é manter um diálogo permanente com os idosos aposentados e pensionistas. O governo vai trabalhar para ir ao encontro do que mais os idosos necessitam”, declarou o ministro Garibaldi Alves Filho.
Participaram da reunião representantes do Sindicato dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (SINDAPB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas e Idosos (SINTAPI/CUT), Sindicato do Aposentados, Pensionistas e Idosos da União Geral dos Trabalhadores (SINDIAPI/UGT), Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (SINDNAPI) e Confederação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (COBAP), entre outros.
Fonte: Portal Planalto, 

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Ministério da Saúde reforça recomendação para facilitar acesso de pacientes ao Tamiflu


A recomendação do Ministério da Saúde é para ofertar o medicamento a qualquer paciente que tenha a receita médica
O Ministério da Saúde (MS) está orientando os estados e os municípios que facilite o acesso ao Oseltamivir (Tamiflu) para pacientes com receitas médicas emitidas tanto por profissionais dos serviços de saúde públicos como privados. A recomendação é para disponibilizar o antiviral nas unidades de saúde da rede pública.
Durante videoconferência sobre ações para enfrentamento da influenza - realizada pelo Ministério em conjunto com as secretarias estaduais e municipais de São Paulo e Rio de Janeiro, - o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, informou que existe estoque suficiente de Tamiflu. Padilha lembrou que neste ano o Ministério da Saúde já repassou mais de 1,9 milhão de tratamentos da gripe para todas as unidades da federação.
O ministro afirmou que é preciso ampliar a quantidade de locais de dispensação para toda rede hospitalar e unidades de atenção básica. “Desde que seja prescrito por um médico, não pode existir qualquer restrição de uso do antiviral. Se o medicamento não estiver na unidade, o profissional pode optar por não prescrevê-lo. Por isso, temos de acabar com qualquer barreira para a indicação imediata do Tamiflu nos casos recomendados”, afirmou.
A prescrição e o acesso rápido ao antiviral é uma das principais recomendações do Protocolo de Tratamento de Influenza 2013, guia que orienta e atualiza a conduta dos profissionais de saúde no manejo da doença. O Ministério da Saúde tem feito ampla  divulgação deste Protocolo, reiterando a indicação do Oseltamivir nas primeiras 48 horas após o início da doença. Entretanto, mesmo ultrapassado esse período, o Tamiflu continua sendo indicado.
O secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, destacou a importância de se antecipar, ao máximo, o acesso ao oseltamivir, inclusive para rede privada. “Estamos orientando as secretarias estaduais a não requerer uma nova consulta em unidade do SUS para os pacientes da rede privada. Não podemos dificultar e perder a oportunidade de aumentar a eficácia do medicamento”, esclareceu o secretário. Ele lembrou que o acesso ao tratamento é uma medida fundamental para prevenir casos graves e óbitos por gripe, visto que  de 1º de janeiro até o dia 25 de junho deste ano, em todo o país, 339 pessoas morreram em consequência da gripe A.

Fonte: Portal da Saúde / Agência Brasil

terça-feira, 2 de julho de 2013

Redução de danos do Canadá atrai América Latina

Profissionais de saúde latino-americanos foram a Vancouver, no Canada, para um intercâmbio de experiências com a Portland Hotel Society (PHS). Criada há 20 anos, a instituição propõe o consumo supervisionado de drogas e o acolhimento de usuários como estratégias de redução de danos. A delegação brasileira foi composta por três representantes do Viva Rio: a coordenadora técnica Fabiane Minozzo, a psicóloga Maira Cabral e a enfermeira Lidiane Toledo.
A PHS funciona no Downtown Eastside, região conhecida como “o CEP mais pobre do Canadá”. Na década de 90, o bairro apresentava elevados níveis de violência, criminalidade e tráfico de drogas, principalmente heroína. O local tornou-se um reduto de usuários, que, marginalizados, acabavam vivendo em condições precárias de saúde. Foi quando Liz Evans, hoje uma das diretoras da instituição, resolveu começar o programa Needle Changing, através do qual promovia a troca diária de agulhas usadas por outras novas e descartáveis. O resultado foi uma queda brusca no compartilhamento dos insumos entre 1996 e 2003, de acordo com relatório do Centro de Excelência em HIV/AIDS de British Columbia.
Programa Needle Exchange realiza a troca de agulhas usadas por novas, evitando doenças contagiosas decorrentes dos compartilhamentos
Um dos principais compromissos da missão internacional foi a visita ao InSite, centro que aposta no uso assistido de entorpecentes como uma tática de redução de danos. A ideia não é impor a abstinência, mas dar os cuidados que o usuário precisa, como kits de seringas descartáveis e acompanhamento especializado. Quando chegam ao local, os usuários são direcionados a cabines individuais de consumo, que permanecem em constante monitoramento. “A leitura que a PHS tem é a de que a droga apazigua a dor. Os usuários se sentem amparados na InSite, assim como nos hotéis”, explica Fabiane.
Horta do centro comunitário da Portland Hotel Society (PHS), mantida pelos usuários de drogas cadastrados na entidade
O grupo também conheceu o centro comunitário da PHS, que dispõe de oficinas de reinserção social e programas de empregabilidade. Além disso, tiveram acesso aos “hotéis” para onde os usuários são levados após serem retirados das ruas. “Os abrigos não são gratuitos. São mantidos por uma espécie de ‘auxílio governamental’, que é suspenso a partir do momento em que o hóspede começa a trabalhar”, conta Maira.
Acomodações são mantidas pelo governo até que o usuário arrume um emprego
Para Lidiane, a experiência canadense impressiona pela maneira com que os profissionais enxergam o usuário de drogas. “Eles não são taxados de doentes. O consumo de entorpecentes é visto como um direito individual. Não há a imposição de modos de vida, mas são oferecidas outras possibilidades, como desintoxicação e reintegração social”, conta.  Entretanto, na avaliação de Maíra, essas alternativas poderiam ser mais enfatizadas, de modo a tentar enfraquecer a ligação do usuário com a droga. “Alguns deles tem casa, comida, um centro de desintoxicação e, mesmo assim, permanecem numa relação de quase exclusividade com o entorpecente”, lamenta.
Fonte: vivario.org.b