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ESF POP RUA

domingo, 30 de dezembro de 2012

Ministério prepara SUS para lei que dá prazo de atendimento para câncer

Nova regra passa a valer a partir de maio de 2013.

Portaria incluiu novos procedimentos oncológicos no sistema.

O Ministério da Saúde já começou a tomar medidas para adaptar o Sistema Único de Saúde (SUS) à lei que torna obrigatório que o paciente com câncer seja atendido num prazo máximo de 60 dias após o primeiro diagnóstico. A regra passa a vigorar em maio.
Na última semana, o ministério publicou uma portaria que acrescenta novos tipos de cirurgia oncológica aos procedimentos que podem ser feitos em hospitais da rede pública. Segundo a assessoria do órgão, também já começou a preparar medidas para ajudar estados e municípios a cumprirem a nova regra, incluindo o aumento de repasse de verba.
Segundo a pasta, que apoiou a imposição de um prazo de 60 dias para o atendimento ao paciente de câncer, nos últimos três anos, os gastos federais com assistência oncológica no país aumentaram 26%, passando de R$ 1,9 bilhão (em 2010) para R$ 2,4 bilhões (em 2012). Os valores aplicados englobam cirurgias, radioterapia e quimioterapia.
O aumento de recursos serviu para ampliar a assistência a pacientes atendidos nos hospitais públicos e privados que compõe o SUS, sobretudo para os tipos de câncer mais frequentes, como pele, mama, colo de útero, próstata, pulmão, cólon e reto.
Em 2011, o governo lançou o Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama, estratégia para expandir a assistência oncológica em todo o país. Até 2014, o ministério promete investir R$ 4,5 bilhões no plano.
Lei
Pela lei que passa a vigorar em 2013, se o caso for grave, o prazo de atendimento pode ser menor que 60 dias. O intervalo de dois meses é contado a partir da confirmação do diagnóstico, e o tratamento pode ser cirurgia, quimioterapia ou radioterapia. O texto também prevê acesso "gratuito e privilegiado" a analgésicos derivados do ópio (como morfina) a pacientes que sofram com dores intensas.
Os estados que possuem grandes espaços territoriais sem serviços especializados em oncologia deverão produzir planos regionais para atender à demanda dentro do prazo estabelecido.
Segundo um levantamento publicado pelo Tribunal de Contas da União em outubro de 2011, o tempo médio que o SUS leva para iniciar um tratamento de quimioterapia é de 76,3 dias após o diagnóstico. Na radioterapia, o tempo aumenta para 113,4 dias.
Dentro da recomendação médica
Para o oncologista clínico Aldo Lourenço Dettino, do Hospital do Câncer A.C. Camargo, em São Paulo, o período de dois meses entre o diagnóstico e o início do tratamento é adequado. Segundo ele, a recomendação da Organização Mundial da Saúde é de entre seis e oito semanas -- ou seja, a nova lei está de acordo.
O atraso para começar o tratamento pode dar tempo para que o câncer avance, por isso é importante começar rápido. "No mínimo, quanto antes começar, menor a ansiedade", apontou o especialista.
No entanto, ele ressaltou que o prazo de mais de um mês é necessário para que os médicos escolham o melhor tipo de tratamento para cada caso específico. A decisão entre, por exemplo, uma cirurgia ou a quimioterapia, depende de exames que demoram para ficar prontos.
"Sem ter todos os dados, você pode não julgar idealmente o risco clínico e o risco oncológico", ponderou Dettino.

  Fonte: Agência Brasil

Atenção, mulheres: verão aumenta risco de candidíase

Para evitar doença, mulheres devem secar bem região genital e dormir sem calcinha, indica especialista.


Do R7
Getty Images Doença é causada por fungo comum na região genital, mas que se manifesta quando imunidade de mulher está baixa

Com a  chegada do verão, umidade e biquínis molhados passam a fazer parte dos dias de férias e lazer em uma das estações mais esperadas do ano. Só que é justamente no verão que aumenta a incidência de casos de candidíase, infecção na região vaginal causada por um fungo, vivenciada por boa parte das mulheres.
Segundo o ginecologista e obstetra Dr. José Bento, que trabalha nos Hospital Israelita Albert Einstein e no São Luiz, em São Paulo, a candidíase é causada por um fungo que normalmente está presente em nosso organismo, como na região intestinal ou na flora vaginal.
— Queda de resistência da imunidade ou aumento da agressão externa, por exemplo quando a mulher usa maiô molhado por muito tempo ou calça que aperte a região genital, são situações favoráveis para que a candidíase se prolifere. A candida albicansfaz parte da flora vaginal, mas a doença só desencadeia quando existem ambientes propícios.
O especialista explica ainda que pessoas que estão tomando medicamentos que baixam a resistência do sistema imunológico, como medicamentos com corticoide, podem desenvolver candidíase de repetição. O mesmo quadro pode ocorrer com pessoas imunodeprimidas (cujo sistema imunológico não funciona bem), mulheres diabéticas ou as gestantes, que ficam mais suscetíveis à doença.

Sintomas
A candidíase não demora a ser identificada. Os principais sintomas da doença são coceira e ardor na região vaginal e um corrimento de cor esbranquiçada, que lembra nata de leite.
A doença tem na autocontaminação sua principal forma de contágio. Assim, a candidíase não é transmitida através de toalhas, sabonetes ou mesmo vasos sanitários mal higienizados.

Tratamento
O tratamento, de acordo com o ginecologista, é feito com remédio antifúngico, aplicado no local ou consumido via oral.
Mas, antes de a doença aparecer, existem dicas para a mulher tentar evitá-la:
— Primeiramente, é importante manter o ambiente genital bem seco, sem umidade. Depois do banho, a mulher deve enxugar bem a região e, eventualmente, até usar um secador de cabelo. Além disso, pode dormir sem calcinha e evitar ficar muito tempo com  maiô ou biquíni molhado, assim como calças muito justas. O uso de sabonete íntimo pode ajudar, desde que feito uma vez ao dia apenas.  
O especialista lembra ainda que, para evitar a candidíase no verão, é importante evitar noites mal dormidas e uma má alimentação, que podem contribuir para baixar a resistência do sistema imunológico.
Os cuidados são importantes, mas não são garantia de que a doença será evitada:
— A candidíase é uma das maiores causas de corrimentos vaginais. Toda a mulher, pelo menos uma vez na vida, vai experimentar essa doença.

Fonte: R7

sábado, 29 de dezembro de 2012

Violência doméstica pode estar relacionada a distúrbios mentais


Saúde mental

Uma pesquisa britânica mostrou que a violência doméstica aumenta as chances da vítima apresentar diferentes tipos de doenças mentais

Violência doméstica
O estudo mostrou que mulheres que sofrem de Estresse Pós-Traumático têm sete vezes mais chances de terem sido vítimas de violência doméstica (Thinkstock)


Uma pesquisa da Universidade King’s College de Londres mostrou que pessoas com distúrbios mentais têm chances maiores de ter vivido experiências de violência doméstica, em comparação à população em geral. O estudo, publicado nesta quarta-feira no periódico Plos One, é uma revisão de 41 estudos sobre o assunto realizados em diversas partes do mundo.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Experiences of domestic violence and mental disorders: a systematic review and meta-analysis

Onde foi divulgada: periódico Plos One

Quem fez: Kylee Trevillion, Siaˆn Oram, Gene Feder e Louise M. Howard

Instituição: Universidade King’s College de Londres
Resultado: Os resultados mostraram que mulheres com distúrbios depressivos têm chance cerca de duas vezes e meia maior de terem sofrido violência doméstica na vida adulta. Para mulheres com distúrbios de ansiedade, a chance é três vezes e meia maior e para Transtorno do Estresse Pós-Traumático, a prevalência aumentou em cerca de sete vezes.
Os resultados mostraram que mulheres com distúrbios depressivos têm uma chance cerca de duas vezes e meia maior de terem sofrido violência doméstica na vida adulta. Para mulheres com distúrbios de ansiedade, a chance é três vezes e meia maior e para Transtorno do Estresse Pós-Traumático, a prevalência aumentou em cerca de sete vezes.
O risco de ter sofrido violência doméstica também é maior em mulheres com outras doenças relacionadas à saúde mental, como Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), transtornos alimentares e outros distúrbios mentais comuns, como esquizofrenia e transtorno bipolar.
O estudo também encontrou relação entre homens com distúrbios mentais e o risco mais elevado de violência doméstica, mas a prevalência desse tipo de agressão é considerada mais alta e mais intensa em mulheres.
Possibilidades — A conclusão do estudo, porém, não é uma relação de causa e consequência. "Nesse estudo, nós descobrimos que tanto homens quanto mulheres com problemas de saúde mental apresentam um risco maior de sofrer violência doméstica. Evidências sugerem que duas coisas estão ocorrendo: a violência doméstica pode fazer com que as vítimas desenvolvam problemas de saúde mental, e pessoas com problemas de saúde mental são mais propensas a sofrer violência doméstica", afirma Louise Howard, um dos autores do estudo. Para ele, esses dados são importantes para que os profissionais da área de saúde mental fiquem atentos à possibilidade de seus pacientes serem vítimas de violência doméstica.
No Brasil, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2009, quatro em cada dez mulheres (43%) já foram vítimas de violência doméstica. Entre os homens, esse porcentual é de 12,3%.

 Fonte: Veja on line

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Casos de HIV passarão a ser notificados no Brasil




Seguindo recomendação da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o Ministério da Saúde vai passar a contabilizar os casos de diagnóstico positivo para o HIV, ampliando a notificação, que antes era restrito a soropositivos que tinham desenvolvido a aids. A medida, elaborada em parceria com o comitê de especialistas que apoia o programa brasileiro para HIV/aids e já adotadas por estados como São Paulo, Pernambuco, Paraná e o Distrito Federal, será apresentada a representantes dos movimentos sociais antes de ser implementada.
“Estima-se que hoje que, no Brasil, 135 mil pessoas vivam com HIV sem conhecer sua sorologia. Para diagnosticar essa parcela da população mais precocemente e acolhê-la no serviço de saúde, queremos ampliar a notificação”, explica o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Dirceu Greco. “A notificação dos casos de HIV não gerará um cadastro. Será assegurado o mesmo sigilo das informações dos brasileiros que vivem com aids”, acrescenta.
No Brasil, atualmente, apenas as pessoas que já desenvolveram a aids, gestantes com HIV e crianças expostas ao vírus são de notificação compulsória nos sistemas de vigilância do Ministério da Saúde. Com a recomendação, passarão a ser registrados todos os casos de infecção pelo HIV. A intenção do governo é, além de aprimorar a resposta à aids, iniciar o tratamento dos infectados em tempo oportuno, visando, com isso, que a doença não se manifeste, além de propiciar mais qualidade de vida para quem tem o vírus.
“Além disso, os pacientes em tratamento antirretroviral e que estão com carga viral indetectável reduzem, a quase zero, o risco de transmissão do HIV”, destacou o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Dirceu Greco. Ele reforça que, com a medida, o Ministério da Saúde trabalha também para quebrar a cadeia de transmissão do vírus.
O Brasil segue a tendência internacional. Na América Latina, Paraguai, Uruguai, Argentina e Chile já notificam casos de HIV. “Estados Unidos também, há muito tempo. Na Europa, mais recentemente, Portugal passou a notificar. Com isso, podemos também elaborar políticas públicas mais específicas”, explicou Greco.
Para o diretor, a notificação irá contribuir para precisar os dados e redirecionar a vigilância epidemiológica no Brasil. Segundo Greco, o que era iniciativa de alguns estados que já notificam pacientes com HIV, agora será uma sistematização oficial. “É importante lembrar que São Paulo fazia essa notificação desde 1994 e há 16 anos o Ministério da Saúde faz o registro das gestantes com HIV e crianças expostas ao vírus. E a informação, claro, é sigilosa”, reforçou.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Combinação álcool e direção aumenta número de mortes de homens durante o fim de ano




Durante as festas de fim de ano, cresce assustadoramente o número de mortes de homens com idades entre 15 e 34 anos, vítimas de acidentes de carro, homicídios e agressões. Só para se ter uma ideia, em 2010, cerca de 35 mil homens nessa faixa etária perderam a vida contra oito mil mortes de mulheres. A mortalidade masculina chega a 80% dos casos. Para o coordenador da Saúde do Homem do Ministério da Saúde, Eduardo Chakora, as causas estão relacionas ao consumo de bebida alcoólica e a direção de veículos.
Além disso, Chakora lembra que os homens costumam reagir de forma mais agressiva a situações de conflito: ”Por natureza os homens eles têm uma resposta a situações de violência seja como autor, ou seja, como vítima da violência. Geralmente, os homens eles se machucam muito, uns aos outros, se ferem, se matam e na questão da violência doméstica geralmente eles são os perpetuadores da violência, comentem geralmente violência doméstica e sexual contra suas parceiras e contra seus familiares. Então, o que a gente está buscando de fato é que os homens de preferência possam ou não beber, ou se beber moderadamente, beber num ambiente tranquilo, seguro pacífico e que isso possa resultar em exatamente momentos de alegria e não de tristeza”, explica.
Para que as festas de fim de ano sejam celebradas sem terminar em tragédia, o coordenador da Saúde do Homem do Ministério da Saúde, Eduardo Chakora, reforça o alerta de jamais beber se for dirigir. ”Desfrutem, curtam o melhor da vida, aproveitem toda saúde para confraternizar com seus semelhantes, com as suas famílias, com seus amigos, mas de maneira consciente, lúcida, que bebam moderadamente para poder de fato celebrar. De maneira alguma se for dirigir, não beba, não passe pela tentação de achar que você pode fazer qualquer coisa”, reforça.
Vários estudos comprovam que os homens são mais vulneráveis às doenças graves e crônicas e morrem mais cedo do que as mulheres. Para isso, o Ministério da Saúde criou a Política Nacional de Saúde do Homem. O objetivo é garantir e qualificar a atenção à saúde do homem prevenindo agravos.
Fonte: Hortência Guedes / Web Rádio Saúde

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Rio de Janeiro estuda melhorias no atendimento ao usuário de crack


Tratamento inadequado faz com que muitos retornem ao uso do crack

Por Akemi Nitahara

Rio de Janeiro - A prefeitura do Rio de Janeiro deve anunciar no início de 2013 um plano municipal para atendimento mais adequado aos usuários de crack. Segundo o secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, o Rio ampliou o atendimento básico em saúde e agora vai melhorar o atendimento especializado ao usuário de drogas. Segundo ele, no novo plano, serão incorporados políticas definidas pelo Ministério da Saúde e os marcos legais que regulam essa ação e esse tipo de atendimento, ´além de ser coerente com os aspectos técnicos definidos por especialistas da área´.

De acordo com a subsecretária de Atenção à Saúde do estado, Mônica Martins, o problema do consumo de crack é mais grave nas regiões metropolitanas, mas o trabalho é desenvolvido nos 92 municípios. Segundo ela, os novos gestores vão receber o plano e terão a missão de fomentar as políticas de saúde mental como um todo, não só de álcool e outras drogas.

A coordenadora do Fórum Intersetorial de Atenção ao Uso de Álcool e Drogas, Ana Lúcia da Silva, lembra que o estado aderiu à Rede de Atenção Psicossocial em fevereiro deste ano e, em novembro, encaminhou ao Ministério da Saúde os planos de ação regionais.

Somente no município do Rio, estão previstas a instalação 17 Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) e Unidades de Acolhimento (UA), além de 15 unidades de Serviços Residenciais Terapêuticos, com intuito de ampliar o atendimento fora do ambiente hospitalar.

De acordo com Ana Lúcia, é necessário combater o estigma e o preconceito que envolvem os usuários de drogas. ´Os desafios são ampliar e qualificar essa rede, desmistificar a centralização do cuidado na internação, que é uma prática de exclusão, bem como da internação compulsória como resposta ao fenômeno do crack, repensar a lógica do recolhimento compulsório e intervenção policial com os usuários, organizar ofertas de cuidado nessas cenas, para promover de fato saúde e cidadania.´

O superintendente de Políticas Sobre Drogas da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Leonardo Percoraro, explica que o estado assumiu os compromissos, dentro do programa federal Crack, é possível vencer, de reordenar clínicas populares, criar seis Centros de Atendimento Regionalizados (Care), para complementar o Sistema Único de Assistência Social (Suas) e o Sistema Único de Saúde (SUS), além de fortalecer as instâncias já existentes e regular as vagas disponíveis, monitorando e sistematizando a rede de atendimento especializado.

De acordo com Percoraro, que apresentou dados do Observatório de Gestão e Informação sobre Drogas do Estado do Rio de Janeiro, já existem três Care funcionando, que oferecem 140 vagas. De janeiro a outubro deste ano, a rede atendeu 719 usuários, sendo que quase 30% usaram cocaína na forma inalada e 15% tinham usado crack. O álcool foi mencionado por 11% dos usuários e 10% tinham consumido álcool e cocaína e pouco mais de 3% tinham fumado maconha.

O assessor da área técnica de Saúde Mental do ministério, Aldo Zaiden, explicou que o enfrentamento ao crack e outras drogas é uma responsabilidade que deve ser compartilhada. Para ele, o enfrentamento do problema deve ser pragmático, mesmo que seja necessário adotar medidas polêmicas como as instituídas em Bogotá, na Colômbia. ´Bogotá implantou salas de uso, com acolhimento real e política de redução de danos. A ideia não é incentivar o uso das drogas, mas minimizar os danos que elas causam, pensar na pessoa e nos seus direitos.´

Ele cita também os consultórios de rua, carro-chefe do programa federal, formados por uma equipe de médicos, psiquiatras, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos. Esses consultórios estarão nas áreas da cidade onde se concentram os dependentes químicos para fazer a aproximação com os usuários nas ruas. Zaiden ressalta que ´a internação é o último recurso e depende de avaliação por profissionais de saúde, não por agentes da segurança pública´.
Agência Brasil

Brasil pode ser 1º país a derrotar a aids - Entrevista Luiz Loures



Luiz Loures, brasileiro que foi nomeado vice-diretor executivo da Unaids, agências das Nações Unidas para a doença. Foto: Folha de S. Paulo

Luiz Loures é o médico brasileiro que assumiu posto-chave no Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids), agência da ONU para a doença. Ele concedeu entrevista ao jornal Folha de São Paulo e diz ver o fim da epidemia dentro de 15 anos. Confira:
Um brasileiro acaba de ser escolhido pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para coordenar as políticas públicas da Unaids (braço da organização contra a aids). Luiz Loures vai assumir em janeiro a vice-diretoria executiva dos programas da entidade e também um cargo mais político, o de secretário-geral assistente da ONU.
O médico foi um dos pioneiros no cuidado a pacientes com Aids no Brasil. Loures está há 16 anos na Unaids, hoje em Genebra. Ele diz que espera ver o fim da epidemia de Aids em 15 anos. Mas, para isso, é preciso quase dobrar o número de pessoas em tratamento, investir em diagnóstico precoce e no fim do preconceito. O Brasil, opina, tem condições de ser o primeiro país a declarar o fim da epidemia.
Folha – Que desafios estão postos nesse novo cargo?
Luiz Loures – A gente está mudando de fase na resposta à Aids. Começamos a falar do fim da epidemia. O progresso científico permite isso. E estou sendo colocado neste posto para mudar e intensificar os programas e levar o maior número de países a essa meta que, agora, a gente pode começar a estimar. Eu penso em 15 anos.

A Aids vai continuar existindo provavelmente, a não ser que se consiga erradicar o vírus -o que é uma questão para o futuro muito mais distante. Mas vamos poder dizer que não há mais epidemia. Talvez não em todos os países ao mesmo tempo.
Folha: Como o sr. vê o Brasil nesse cenário? Têm surgido críticas sobre a atual política…
L. L.: Pelo panorama mundial, não tenho dúvidas de dizer que o Brasil é o país com as políticas de Aids mais avançadas e mais inclusivas. Isso do ponto de vista global, eu não estou dentro do Brasil.

Se eu tomo, por exemplo, as estatísticas de acesso ao tratamento no Brasil, as coberturas são as mais altas entre as mais altas do mundo, exatamente porque o Brasil foi o primeiro país a tratar. Seguindo esse parâmetro, não tenho dúvida de dizer que o Brasil tem condições de ser o primeiro país a declarar o fim da Aids.
Folha: O primeiro?
L. L.:  Se o Brasil continuar suas políticas, intensificar onde é necessário. Claro que é um país continental, complexo. E não que seja uma tarefa fácil, mas não foi fácil em nenhum momento. A trajetória do Brasil nessa área foi marcada pela coragem.

Agora, eu sei que existe um debate. É exatamente aí que está a fortaleza do programa brasileiro, no debate.
Folha: Que mudança de postura os países devem ter nessa fase?
L. L.: É exatamente não mudar muito. O risco hoje, pela complacência, pela existência de outras prioridades, é colocar a Aids em plano secundário. A humanidade conseguiu avançar tanto em relação à Aids que seria um erro histórico deixar as coisas irem para trás agora, quando a gente tem condição de ir avante.

Folha: E até chegar lá?
L. L.: Há 8 milhões de pessoas em tratamento. Temos de tratar ao menos mais 7 milhões até 2015 para podermos falar que estamos no ritmo.

O teste de Aids tem de virar rotina. Não é bicho de sete cabeças, tem de haver mudança nesse sentido. Qualquer pessoa no mundo tem o direito e tem de saber se está ou não infectada. É aí que começa o fim da Aids, começa com cada indivíduo. Quem se trata não só cuida da sua saúde como corta a transmissão.
Além disso, a prevenção tem que ser intensificada. Há dois desafios fundamentais. Um é nos grupos mais vulneráveis, como o homossexual masculino. A discriminação ainda é o fator mais importante em muitos países, 78 países criminalizam a relação com o mesmo sexo. Não tem como pensar que o homossexual vai procurar o serviço de saúde se tem o risco de ser pego.
A mesma coisa em relação ao usuário de droga. A epidemia na Europa Oriental é a que me preocupa mais no panorama mundial. A questão fundamental é o seguinte: o usuário de droga é um problema de saúde, não é um problema de polícia.
Fonte: Johanna Nublat / Folha de S. Paulo /  Blog da Saúde

domingo, 23 de dezembro de 2012

A ESF POP RUA DESEJA UM FELIZ NATAL!!!




Durante este período de festas, vários dos nossos usuários produziram desenhos, pinturas, mensagens e etc, com temas sobre  o Natal. Apesar da nostalgia que envolve o período, a maior parte dos nossos usuários encaram este momento de forma positiva, mesmo estando vivendo um momento de fragilidade social e emocional.
O desenho que postamos acima chamou nossa atenção pela legenda "Feliz natal para você, que não tem onde morar e o que comer." Após conversarmos com o usuário e saber o que Natal significava para ele, percebemos que ele tinha uma visão cristã.

Aproveitamos e elucidamos que o Verdadeiro Aniversariante, poderia ter nascido em qualquer palácio, mas se fez pobre e humilde e nasceu em uma manjedoura, ou seja, naquele momento ele estava em "situação de rua",

Após refletir, nosso usuário se acalmou e certamente entendeu que o verdadeiro espírito do natal, vai muito além das trocas de presentes e mesas fartas e que Jesus nunca esqueceu os excluídos, pois como Ele disse:  "Não necessitam de médicos os sãos,mas sim , os doentes."

A ESF POP RUA deseja à todos um Feliz Natal e que a mensagem genuína do Verdadeiro Aniversariante Jesus, se faça presente em nossas vidas durante todo 2013!

Saúde apoia maior rigidez da Lei Seca



DIREÇÃO SEM ÁLCOOL

Ministro Alexandre Padilha lembra que, só no ano passado, SUS registrou 155 mil internações relacionadas a acidentes de trânsito a um custo de mais de R$ 200 milhões
Está publicada no Diário Oficial da União desta sexta (21) a Lei 12.760, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff, que torna mais rígida a chamada “Lei Seca”. A lei autoriza o uso de testemunhos, exame clínico, imagens e vídeos como meios de provas para confirmar a embriaguez do motorista. No Brasil, a violência no trânsito é uma das principais causas de mortalidade, tornando-se, portanto, uma questão de saúde pública. Somente em 2010, 42.844 pessoas perderam a vida no trânsitoeoutras milhares ficaram com sequelas decorrentes dos acidentes.
“Apoiamos todas as medidas que puderem ser tomadas para que acidentes sejam evitados e vidas, salvas”, defende oministro da Saúde, Alexandre Padilha. A violência no trânsito reflete diretamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Para se ter uma ideia desta realidade, só em 2011 foram registradas 155 mil internações no SUS relacionadas a acidentes de trânsito, o que representou um custo de mais de R$ 200 milhões.
Esse valor leva em conta apenas as internações na rede hospitalar pública, sem considerar os custos dos atendimentos imediatos às vítimas feitos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (SAMU), nas Unidades de Pronto Socorro e Pronto Atendimento e na reabilitação do paciente com consultas, exames, fisioterapia, dentre outros. “Com estes recursos, poderíamos construir 140 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24 horas) e melhorar o atendimento à população nas urgências e emergências do país”,  alerta o ministro.
NOVAS PUNIÇÕES - Quem for pego dirigindo sob influência de álcool ou outra substância psicoativa terá a carteira de habilitação recolhida e o veículo, retido. O motorista estará sujeito, ainda, à multa que passa de R$ 957,70 para R$ 1.915,40 e à suspensão do direito de dirigir por 12 meses. O valor da multa dobrará em caso de reincidência.
De acordo com a Lei 12.760, as penalidades serão aplicadas quando a conduta do motorista for constatada por concentração igual ou superior a seis decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar. E, ainda, por sinais que indiquem alteração da capacidade psicomotora. A verificação da incapacidade do motorista de dirigir também poderá ser obtida por meio de teste de alcoolemia, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova admitidos, observado o direito à contraprova.
VIDA NO TRÂNSITO – O Ministério da Saúde intensificou as ações do projeto Vida no Trânsito. Lançado de forma pioneira em Curitiba (PR), Palmas (TO), Teresina (PI), Campo Grande (MS) e Belo Horizonte (MG), o projeto está, atualmente, implementado em todas as capitais e também em Campinas (SP) e Guarulhos (SP).
Uma das ações do Vida no Trânsito é a qualificação dos sistemas de informação sobre acidentes, feridos e vítimas fatais. Com o banco de dados atualizado, os gestores de saúde podem identificar os fatores de risco - como o excesso de velocidade e a associação entre álcool e direção - e os grupos de vítimas mais vulneráveis nos respectivos municípios, assim como os locais onde o risco de acidentes é maior.
Os municípios devem desenvolver programas e projetos de intervenção que reduzam os fatores e os pontos críticos de ocorrência de acidentes. Estas medidas são desenvolvidas, de forma integrada, pelos sistemas da saúde, transporte e trânsito, segurança pública e educação, entre outros.
No último mês de setembro, o Ministério da Saúde autorizou o repasse de mais R$ 12,8 milhões para os 26 estados e o Distrito Federal aplicarem no Vida no Trânsito. No total, já foram liberados R$ 27,7 milhões para investimentos no projeto.

INTERNAÇÕES E GASTOS POR ACIDENTES DE TRÂNSITO / 2011:
Região e UF
2011
Internações
 Valor das Internações
Região Norte
8.487
 R$              7.548.412,04
Rondônia
1.986
 R$              1.450.962,03
Acre
905
 R$              1.112.681,86
Amazonas
710
 R$                  435.227,90
Roraima
748
 R$                  720.849,21
Pará
3.472
 R$              3.203.129,31
Amapá
382
 R$                  322.140,24
Tocantins
284
 R$                  303.421,49
Região Nordeste
40.448
 R$            40.015.183,85
Maranhão
5.020
 R$              3.649.450,92
Piauí
3.503
 R$              3.267.138,04
Ceará
11.169
 R$            10.171.144,33
.. Rio Grande do Norte
3.032
 R$              3.280.245,15
Paraíba
4.431
 R$              5.605.375,08
Pernambuco
4.152
 R$              3.712.874,77
Alagoas
1.904
 R$              1.776.870,75
Sergipe
689
 R$                  680.789,65
Bahia
6.548
 R$              7.871.295,16
Região Sudeste
72.789
 R$          107.754.264,85
Minas Gerais
17.380
 R$            31.508.123,12
Espírito Santo
3.554
 R$              4.514.823,00
Rio de Janeiro
10.264
 R$            13.081.257,94
São Paulo
41.591
 R$            58.650.060,79
Região Sul
19.257
 R$            31.854.480,81
Paraná
8.900
 R$            13.735.865,87
Santa Catarina
5.597
 R$            10.705.436,09
Rio Grande do Sul
4.760
 R$              7.413.178,85
Região Centro-Oeste
14.675
 R$            17.470.282,95
Mato Grosso do Sul
2.137
 R$              1.895.897,56
Mato Grosso
3.455
 R$              3.250.629,46
Goiás
5.975
 R$              8.325.316,37
Distrito Federal
3.108
 R$              3.998.439,56
Total
155.656
 R$     204.642.624,50

ÓBITOS POR ACIDENTES DE TRÂNSITO2010:
Região/UF
Total
NORTE
3.367
 Rondônia
612
 Acre
134
 Amazonas
478
 Roraima
147
 Para
1.358
 Amapá
122
 Tocantins
516
NORDESTE
11.853
 Maranhão
1.354
 Piauí
975
 Ceará
2.065
 Rio Grande do Norte
645
 Paraíba
845
 Pernambuco
1.981
 Alagoas
782
 Sergipe
613
 Bahia
2.593
SUDESTE
15.598
 Minas Gerais
4.176
 Espírito Santo
1.116
 Rio de Janeiro
2.909
 São Paulo
7.397
SUL
7.585
 Paraná
3.423
 Santa Catarina
1.882
 Rio Grande do Sul
2.280
CENTRO-OESTE
4.441
 Mato Grosso do Sul
764
 Mato Grosso
1.112
 Goiás
2.010
 Distrito Federal
555
Total
42.844

Fonte: Agência Saúde

sábado, 22 de dezembro de 2012

Ministério da Saúde envia 2 milhões de doses de vacina ao Haiti


COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
Ajuda faz parte da cooperação entre Brasil, Cuba e Haiti. Foram enviadas também 260 mil seringas
O Ministério da Saúde enviou dois milhões de doses de vacina ao Haiti, como forma de fortalecer o programa de imunização do país, que ainda se recupera do terremoto de 2010. A remessa inclui vacinas BCG (formas graves de tuberculose), Pólio (poliomielite), DPT (difteria, tétano, coqueluche) e DT (difteria e tétano), além de 260 mil seringas.
Com a ação, o Brasil totaliza o envio de seis milhões de vacinas só em 2012, e 8,7 milhões desde 2010, quando teve início a cooperação tripartite entre Brasil-Cuba-Haiti, destinada a reestruturar e fortalecer o sistema de saúde haitiano.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressalta a importância da vacinação num país como o Haiti. “A existência de uma vigilância epidemiológica fortalecida é vital para o funcionamento do sistema de saúde de qualquer nação. E é ainda mais importante em países que passaram por um momento crítico, como é o caso do Haiti”, disse, acrescentando, ser “essencial desenvolver atividades contínuas de controle, de modo manter a população haitiana protegida contra doenças facilmente preveníveis, por exemplo, por meio de vacina”, complementa o ministro.
VIGILÂNCIA REFORÇADA – O Ministério da Saúde lançou também, este ano, uma ação de reforço na estratégia de reestruturação da vigilância epidemiológica no Haiti. Essas novas iniciativas contam com recursos do governo brasileiro, em torno de R$ 2 milhões.
As medidas incluem a contratação de profissionais especializados em prevenção e controle de doenças transmissíveis, além de apoio operacional, financeiro e material para ações de vigilância naquele país.Foram selecionados e contratados 13 profissionais haitianos especializados e com ampla experiência em vigilância epidemiológica.
Todos estão sendo lotados nos dez departamentos de vigilância do país e no Ministério da Saúde Pública e da População do Haiti. Para a remuneração destes profissionais, estão sendo destinados R$ 320 mil.
APOIO - Para viabilizar a execução das ações de vigilância epidemiológica, o governo brasileiro também adquiriu notebooks, impressoras, telefones celulares e 11 veículos – um investimento de R$ 470 mil. O restante dos recursos, cerca de R$ 410 mil, será destinado para o apoio logístico às ações, como compra de materiais de expediente, combustíveis, diárias, entre outras despesas.
Outra iniciativa importante do Ministério da Saúde foi o financiamento da reconstrução de dois laboratórios especializados em vigilância epidemiológica, responsáveis por realizar os principais exames necessários à identificação de doenças de interesse em saúde pública, como malária, dengue, tuberculose, hanseníase e cólera, do controle de vetores e insetos. Esta ação teve investimento de R$ 1 milhão, recurso usado na reforma das instalações físicas e na compra de equipamentos. Um dos laboratórios – Laboratório de Saúde Pública de Cabo Haitiano – foi inaugurado em novembro deste ano.
ASSISTÊNCIA – Além de ações destinadas a fortalecer a vigilância epidemiológica no Haiti, o projeto desenvolve também iniciativas destinadas a melhorar a assistência em saúde e o atendimento à população haitiana. Estão sendo construídos três hospitais de referência – que vão atuar de forma articulada com a rede de Atenção Básica do país –, e um centro de assistência à pessoa com deficiência.
A cooperação realiza também a formação de agentes comunitários haitianos para atuarem na Atenção Básica. Hoje, há 58 agentes formados e outros 320 alunos estão realizando o curso de capacitação. Esses profissionais trabalharão nas regiões de Carrefour, Bon Repos e Beudet, região metropolitana de Porto Príncipe (capital).
Até 2014, está prevista a aplicação de aproximadamente R$ 5 milhões na formação de profissionais.

Por Priscila Costa e Silva, da Agência Saúde – Ascom/MS
(61) 3315-6256 / 3580