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ESF POP RUA

sábado, 28 de julho de 2012

ENTREVISTA DA PSICÓLOGA CLAUDIA DE PAULA À Revista Brasileira Saúde da Família / Ministério da Saúde



Reprodução da entrevista da Psicóloga Claudia de Paula à Revista Brasileira Saúde da Família / Ministério da Saúde 

Formada em 1990 pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG),
Cláudia de Paula participou ativamente da efetivação da reforma psiquiá-trica brasileira – que cria serviços de saúde em substituição aos antigos manicômios – com seu ingresso, em 1992, na equipe de trabalho do primeiro Centro de Referência em Saúde Mental (CERSAM) – como são chamados os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) em Belo Horizonte.Mesmo sempre atuando na clínica ampliada, foi apenas na décadaseguinte que ela passou a atender crianças e adolescentes em situaçãode rua. Era o Programa Miguilim, também de Belo Horizonte, criado coma intenção de reformular a abordagem a esse público. Em seguida, vieram os atendimentos a mulheres que perderam a guarda dos filhos, profissionais do sexo, moradores de comunidades (favelas).
Até que, em 2010, a psicóloga vislumbrou a possibilidade de transformar seu maior sonho em realidade: conciliar seu três maiores amores – o trabalho com populações em situação de vulnerabilidade social, voltar a viver perto da família no Rio e tentar ver o mar, mesmo que de relance, todos os dias pela manhã.
No Rio, Cláudia, entre outras atividades, acompanha casos de transtornos mentais graves e uso abusivo de álcool e drogas e contribui na oficinade livre expressão da sala de espera da unidade, além de matriciar e ser matriciada nas discussões de caso e nas formações continuadas.
Fluminense por nascimento, flamenguista por coração, escritora (não se acha à altura do título, pois “apenas” escreve livros), leitora, nadadora,colecionadora. Cláudia de Paula, a psicóloga da equipe de Saúde da Família para populações em situação de rua da cidade do Rio de Janeiro,coleciona mais do que pequenos objetos, coleciona histórias de vida. A começar pela sua.
Hoje, a profissional atua em uma das equipes de Consultórios na Rua do município do Rio de Janeiro e aceitou falar de seu trabalho para a Revista Brasileira Saúde na Família (RBSF).
Cláudia de Paula



Por: Déborah Proença / Fotos: Acervo SMS RJ - ESF POP RUA
RBSF: Você volta para o Rio de Janeiro para atuar na equipe de Consultórios na Rua. Por quê?
Cláudia de Paula: É preciso esclarecer que nossa equipe tem uma formação especial, pois integra profissionais da equipe mínima da   da Estratégia Saúde da Família (ESF) e de saúde mental, em um processo realmente interdisciplinar.
Essa formação foi fruto da compreensão das Coordenações de Saúde da Família e de Saúde Mental do município do Rio perante as necessidades específicas desse público, que tem, historicamente, dificuldade de acesso às ações e serviços de saúde e cujos casos têm, em sua maioria, questões de saúde mental e física associadas.
A partir dessa organização particular, a equipe teve que aprendera trabalhar realmente integrada, o que foi, e ainda é, um desafio. Um desafio que, para mim, tem sido muito instigante e, hoje, acredito que conseguimos estabelecer processos de trabalho fundamentados que resguardam as particularidades, mas propiciam atuações conjuntas parceiras entre os membros da equipe.
RBSF: Por que essa equipe foi criada? Quantas existem atualmente?
Cláudia de Paula: Pela percepção de que havia uma demanda historicamente reprimida de atendimento a esse público. Ele possui especificidades vinculadas às condições em que vive que lhe dificultava a integração aos processos de acolhimento e atendimento da saúde. A rua do Rio de Janeiro agrega, além de cariocas, pessoas de diversas cidades, Estados e, até, países que buscam atender, no Rio, a um imaginário muito amplo de características. Temos duas equipes de Saúde da Família para população de Rua/Consultórios na Rua instaladas: uma em Manguinhos e outra no Centro. Há uma terceira em processo de instalação, na região do Jacarezinho.
RBSF: O que a levou à Estratégia Saúde da Família?
Cláudia de Paula: Sem dúvida, a iniciativa do município de constituir esse projeto. Porém tenho particular interesse pela diretriz da ESF em acompanhar os processos de vida das pessoas, atuando não só sobre a doença, mas no campo da saúde em termos mais amplos e, ao mesmo tempo, mais específicos e singulares, territorializados.
RBSF: Como funciona o trabalho diário, a gestão, as parcerias?
Cláudia de Paula: Nossa equipe trabalha das 9h às 22h como uma única equipe multidisciplinar, que distribui sua atuação entre a rua e a sede – localizada no Centro de Saúde Oswaldo Cruz. As ações contemplam  assistência e promoção de saúde integral, vinculando rua e sede por meio de processos de companhamento longitudinal, para promover o cuidado caso a caso e a construção de projetos singulares para cada um. O princípio de porta de entrada interdisciplinar,caracterizado por demandas não muito específicas, que acolhe o sofrimento nas dimensões corporal e mental associadas, tem permitido garantir o acesso a essa população.
A ação dos profissionais, notadamente os agentes comunitários de saúde (ACS), percorrendo os territórios de vida desses sujeitos, que são submetidos à constante remodelagem pela ação de diversos fatores, é também um ponto fundamental de nossa dinâmica de atuação. Contamos atualmente com uma rede funcionando para a saúde mental, para a tuberculose e para o HIV, que permite o acompanhamento desses casos em corresponsabilização. Atuamos em parceria com alguns abrigos de organizações não governamentais e com alguns serviços da rede de apoio da Secretaria de Assistência Social.
RBSF: Acredita que, depois de instituído o projeto, mudou alguma coisa?
Cláudia de Paula: Sim! Podemos perceber e acompanhar essas mu danças, esses “deslizamentos de
lugar” que são evidenciados por alterações nos comportamentos, nas posturas de responsabilização
e comprometimento diante das próprias histórias e dos tratamentos.
Por vezes, essas mudanças levam os sujeitos a desejar sair das ruas e constituir novas formas de vida.
Um exemplo é de uma usuária moradora de rua há 30 anos que fazia uso abusivo de álcool (sic) e  protagonizava escândalos pelas ruas, arrancando as roupas e expondo a nudez. Chegou ao nosso serviço por encaminhamento de outra equipe de Saúde da Família. Na época,o diagnóstico era de prolapso de útero nível quatro, sem tratamento. Nesses momentos mostrava, inclusive, seu útero.
Durante o atendimento interdisciplinar, foi possível ouvir da paciente que aquela situação já durava oito anos. Quando tentamos responder apenas à demanda por tratamento ao útero, que atravessava todas as intervenções, ela simplesmente repetiu o comportamento, o que inviabilizou as tentativas.
Apenas quando estabelecemos um corte, recuperando seu lugar de sujeito, de pessoa, para além do
útero, é que se tornaram possíveis o tratamento, a cirurgia e seus desdobramentos. Hoje, mesmo tendo descoberto outra doença grave e apresentando outro prolapso, agora vaginal, ela está comprometida com os tratamentos, diminuiu o uso de álcool e estabeleceu residência fixa ao conseguir um quarto em uma ocupação.
RBSF: Existe um blog do trabalho, certo?
Cláudia de Paula: Correto. O blog [www.smsdc-esfpoprua.blogspot.com] foi criado pela Secretaria Municipal de Saúde, que estimulou as unidades a montarem seus próprios blogs, fomentando a visibilidade e a comunicação das equipes. O nosso foi criado pela própria equipe com o apoio técnico da Rede de stações Observatório das Tecnologias de Informação e Comunicação em Sistemas e Serviços de Saúde (Rede OTICS-RIO) e, hoje em dia, é atualizado por um ACS. *Cléo Moraes
RBSF: De acordo com sua experiência, o que é preciso para melhorar a saúde das populações em situação de rua?
Cláudia de Paula: Uma ação integrada entre as Secretarias de Saúde, Assistência Social, Educação, Cultura, Esportes e Habitação. 





Raio X:
1-PARA SER BOM MEU TRABALHO PRECISA DE:
Escuta e integração com outros profissionais.
2- FUNDAMENTAL NESTA PROFISSÃO É:
Ética profissional.
3- UM PACIENTE/ATENDIMENTO/MOMENTO MARCANTE FOI:
 Quando a enfermeira de nossa equipe, hoje gerente, conseguiu escutar/perceber, dentro de uma queixa de otite, a possibilidade de ser uma alucinação auditiva e podermos, juntas, tratar esse paciente.
4-UM IDEAL: 
Viver sempre tendo prazer com o que faço.
5- UM LEMA: 
Olhar para a delicadeza e a poesia das coisas, em qualquer circunstância.
6-UM DESAFIO:
Continuar a viver intensamente...
7- PARA SER FELIZ:
 Conseguir ter paz com o cotidiano.
8-SE NÃO FOSSE PSICÓLOGA SERIA:
 Escritora.
9-UM ATENDIMENTO ESPECIAL NECESSITA: 
Não existe um atendimento especial. Todos eles são muito diferentes e muito especiais.
10- UM SONHO REALIZADO FOI: 
Voltar a morar no Rio de Janeiro.
11-TRÊS COISAS ESSENCIAIS: 
Amor, beleza e intimidade.
12- UMA INSPIRAÇÃO/MOTIVAÇÃO
A poesia em prosa de Clarice Lispector.
13-UMA ALEGRIA PROFISSIONAL
Trabalhar neste serviço.
14- UMA CHATEAÇÃO: 
Não conseguir mais ver o mar diariamente.
15-UM OBSTÁCULO:
São diversos, dia a dia.
16-DAQUI A DEZ ANOS ESTAREI:
 A dez anos do que fiz da minha vida até aqui.
17- O MELHOR DA PROFISSÃO É: 
 Poder ganhar dinheiro com o que amo fazer.
18-SAÚDE DA FAMÍLIA É:
 Acompanhar processos de vida.
19-FINALIZANDO, UM CONSELHO: 
Não sei dar conselhos, mas talvez uma indicação: vale a pena trabalhar na saúde pública.

Revista Brasileira Saúde da Família / Ministério da Saúde – Ano 12,n.31 
      (jan. / abr. 2012). – Brasília 31: Ministério da Saúde, 2012.
      Trimestral.
      



quinta-feira, 26 de julho de 2012

SUS terá mais dois novos medicamentos contra hepatite C




ASSISTÊNCIA

Mais de 5 mil pacientes serão beneficiados. Ministério lança ainda concurso cultural de prevenção contra hepatites em salões de beleza, estúdios de tatuagem e ação em partida de futebol

Dois novos medicamentos contra hepatite C serão incluídos no Sistema Único de Saúde (SUS). Mais modernos e eficazes, o Telaprevir e o Boceprevir devem beneficiar 5,5 mil pacientes, todos portadores de cirrose e fibrose avançada, que fazem parte do grupo de maior risco de progressão da doença e de morte. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (25), pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante lançamento de campanha nacional contra hepatites virais na Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em Brasília (DF). “Essa é mais uma das atividades realizadas em conjunto com os atores do sistema saúde para romper com o silêncio em relação às hepatites virais no mundo inteiro. Esta é uma doença silenciosa sem sinais ou sintomas e por isso precisamos nos esforçar para ações de prevenção e diagnóstico”, disse Padilha
O ministro ainda apresentou os dados epidemiológicos mais atualizados das hepatites A, B, C, D e E. Cerca de 33 mil casos de hepatites são notificados anualmente.
Com o tema “As hepatites podem estar onde você menos espera”, a campanha marca o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, comemorado no sábado (28). Prevê uma série de ações de diagnóstico e prevenção, entre as quais, a ampliação de testes rápidos de diagnóstico e a promoção de um concurso que vai premiar trabalhos artísticos realizados por manicures e tatuadores em unhas e tatuagens com mensagens de prevenção às hepatites. O concurso incentiva boas práticas para prevenção da doença em salões de beleza e estúdios de tatuagens, e divulgação de cartazes e folders orientando a população em diferentes locais e eventos.
Os novos medicamentos, direcionados ao tipo C, que devem estar disponíveis no SUS no início de 2013, e fazem parte da classe de inibidores de protease, a mais moderna para combater a doença em todo o mundo. O telaprevir e o boceprevir têm uma taxa de eficácia de 80% − o dobro do sucesso obtido com a estratégia convencional utilizada atualmente, que associa dois medicamentos, o Interferon Peguilato (injetável) e a Ribavirina (via oral), cujo tratamento tem duração de 48 a 72 semanas. Os novos medicamentos são administrados oralmente, e têm duração de até 48 semanas.
“Esse é um passo decisivo para o tratamento das hepatites que vai possibilitar aos brasileiros a oportunidade de receber o que há de melhor em relação ao tratamento das hepatites no país”, ressaltou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. No Brasil, há cerca de 1,5 milhão de pessoas infectadas pela hepatite C, que é responsável por 70% das hepatites crônicas, 40% dos casos de cirrose e 60% dos cânceres primários de fígado. Da infecção até a fase da cirrose hepática pode levar de 20 a 30 anos, em média, sem nenhum sintoma.




A campanha do ministério envolve também os outros tipos de hepatite A, B, D e E. Os dois públicos prioritários são pessoas de até 29 anos, que serão incentivadas a tomar as três doses da vacina contra hepatite B, e acima de 45 anos, que deverão fazer o teste rápido de diagnóstico das hepatites B e C. Serão disponibilizados 2,3 milhões de unidades do teste rápido de diagnóstico das hepatites B e C no SUS, para serem distribuídos em um ano (de agosto de 2012 até agosto de 2013), conforme a demanda dos estados. “Convidamos estados e municípios a se engajarem para a ampliação da testagem, uma importante ação para o diagnóstico precoce das doenças, num estágio em que as chances de cura são altas”, reforçou o ministro. No ano passado, foram distribuídos 30 mil testes rápidos. E só no primeiro semestre deste ano, mais de 400 mil testes rápidos foram disponibilizados. Equipes de saúde estão sendo treinadas para essa nova tecnologia e ações educativas divulgadas.

domingo, 22 de julho de 2012

Ajudar estranhos reduz o estresse e combate a depressão

Fonte: Blog da Saúde.

Alguns psiquiatras recomendam o trabalho voluntário para os seus pacientes depressivos. Mas por quê?

Ao realizar uma boa ação, o corpo produz hormônios que geram o bem-estar. Pesquisas confirmam que ajudar o próximo, além de proporcionar benefícios para a alma, reduz o estresse, combate a insônia, a depressão, entre outros males. Por isso, o trabalho voluntário se tornou tão popular entre a sociedade e recebe notoriedade de  médicos, empresas, associações e até da mídia.
Não são apenas os pacientes com depressão que podem melhorar a saúde com o trabalho voluntário. Qualquer pessoa que decide usar o seu tempo para ajudar alguém está simultaneamente cuidando do seu próprio corpo. Ser voluntário é uma decisão íntima e individual, que exige esforço, disciplina, responsabilidade e compromisso. Mas você não precisa se inscrever em algum programa ou ir até uma associação carente para praticar o voluntariado.
Aquela velha história de ajudar um velhinho a atravessar a rua também conta. Dar o seu lugar a gestantes no ônibus, aconselhar um irmão mais novo na lição de matemática e ajudar um estranho a trocar um pneu furado são atos que podem beneficiar você e quem você acolheu.
No vídeo abaixo, após passar um dia inteiro com o pneu furado e sem ninguém se aproximar para ajudar, o ator mulçumano recebe mais do que a troca de um pneu. Ele presencia o espírito altruísta de um jovem rapaz e recebe dele uma mensagem que o mundo inteiro deveria seguir.
Confira o episódio do programa “What Would You Do?” (O que você faria?) da ABC:

quarta-feira, 18 de julho de 2012

O MINISTÉRIO DA SAÚDE QUER OUVIR VOCÊ

Compartilhe na rede | #todospelasaude

O Ministério da Saúde quer ouvir a sua opinião para melhorar a saúde no Brasil. Participe!

domingo, 15 de julho de 2012

SBM REALIZA AÇÃO DE PREVENÇÃO AO CÂNCER DE DE MAMA NA CENTRAL DO BRASIL


Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM)
Com o objetivo de alertar sobre a importância da prevenção do câncer de mama, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), com apoio da SuperVia, realizará atendimento gratuito ao público, entre os dias 10 e 12 de julho, na Estação da Central do Brasil – Centro do Rio de Janeiro.

Um Stand será montado onde um agente de saúde esclarecerá as principais dúvidas sobre a doença. Além disso, serão distribuídos materiais informativos sobre as mais diferentes doenças das mamas, como identificá-las, a importância da mamografia, do auto-exame e da consulta com um mastologista, que é o médico especializado no assunto.
De acordo com a Supervia, cerca de 600 mil pessoas passam diariamente pela Central do Brasil e o objetivo é levar conhecimento sobre a doença e as formas de prevenção, já que são esperados para esse ano mais de 52 mil novos casos, segundo levantamento do Instituto Nacional do Câncer (Inca). O Instituto estima ainda que 11 mil mulheres morrem em decorrência da doença a cada ano no Brasil, o que representa 2,5% das mortes femininas no país.
O presidente da SBM, Dr. Carlos Alberto Ruiz, engrossa o coro e ressalta que o diagnóstico precoce é essencial e determinante na busca pela cura que gira em torno de 95% quando a doença é detectada logo no início.
Campanha “Eu amo meus peitos”
Nos três dias da ação, a SBM apresentará ainda a sua campanha de prevenção da doença intitulada “Eu amo meus peitos”.
O objetivo da mesma é chamar a atenção da mulher para a importância de cuidar dos seus seios, mostrando que ela não precisa ter vergonha disso. Mulheres comuns são as estrelas da campanha, que já acontece há 12 anos. Para estimular o engajamento, um hotsite publicará fotos de peitos produzidas por internautas anônimas. 

quarta-feira, 11 de julho de 2012

II Prêmio Cazuza de Vídeo



Interessados devem ter entre 15 e 30 anos e produzir um teaser de 27 segundos sobre a prevenção do HIV/Aids

Estão abertas, até 31/10, as inscrições para o II Prêmio Cazuza de Vídeo, uma iniciativa da Sociedade Viva Cazuza em parceria com a UNAIDS e o Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.Para participar, os interessados devem ter entre 15 e 30 anos e produzir um teaser de 27 segundos sobre a prevenção do HIV/Aids. Os trabalhos inscritos serão avaliados pelo estilista Carlos Tufvesson, pela produtora de cinema Paula Lavigne, pelo publicitário Nizan Guanaes, pelo médico e pesquisador Dr. Pedro Chequer e pela cineasta Sandra Werneck. Os três melhores vídeos serão disponibilizados nas redes sociais da Viva Cazuza e seus autores receberão um notebook cada. Além disso, o vídeo vencedor será a campanha do Dia Mundial de Luta Contra a Aids (1 de dezembro), veiculado na TV Globo e no Multishow. No site do prêmio você encontra dicas para fazer seu vídeo e o regulamento completo. Acesse http://premio.cazuza.com.br/2012/

domingo, 8 de julho de 2012

Entenda a Rede Cegonha



As obras do artista plástico Romero Brito, produzidas especialmente para a Rede Cegonha, são utilizadas como padrão visual das unidades de saúde inseridas na Rede Cegonha

A gravidez, o parto e o nascimento são acontecimentos importantes na vida de uma mulher e das pessoas próximas à ela. Para dar a assistência necessária às gestantes e seus filhos, o Ministério da Saúde lançou, em março de 2011, a estratégia Rede Cegonha, composta por um conjunto de medidas para garantir a todas as brasileiras, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), atendimento adequado, seguro e humanizado desde a confirmação da gravidez, passando pelo pré-natal e o parto, até os dois primeiros anos de vida do bebê.

A Rede Cegonha conta, desde seu lançamento, com R$ 9,397 bilhões do orçamento do Ministério da Saúde para investimentos até 2014. Esses recursos são aplicados na construção de uma rede de cuidados primários à mulher e à criança. “Temos que construir um ambiente acolhedor para que a mulher se sinta mais segura nesse momento e, para isso, é necessário a qualificação do espaço físico e a mudança das práticas”, enfatiza a coordenadora da área técnica de Saúde da Mulher, Esther Vilela.

Todos os estados brasileiros já aderiram à estratégia. Em seu primeiro ano de funcionamento, o Brasil registrou queda recorde no número de mortes maternas. Entre janeiro e setembro do ano passado, foram contabilizados 1.038 óbitos decorrentes de complicações na gravidez e no parto, o que representa queda de 21% em comparação ao mesmo período de 2010, quando 1.317 mulheres morreram por essas causas. Além disso, já foi possível avançar no acesso às consultas de pré-natal. Em 2011, mais de 1,7 milhão de mulheres fizeram, no mínimo, sete consultas pré-natais.

Como funciona – A Rede Cegonha está dividida em três fases. Saiba mais:

1) Pré-natal: Etapa na qual há uma prioridade de atendimento à gestante nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). É nela que há a realização imediata do teste rápido de gravidez e de todos os exames pré-natais. Também, será neste momento, que a mamãe fará a vinculação com uma maternidade e saberá, desde os primeiros meses, onde terá o seu bebê. São promovidas visitas ao local do parto.

2) Parto e Nascimento: Nesta fase, a Rede Cegonha qualifica as equipes de saúde para prestação de atendimento humanizado e especializado. Há o acolhimento com classificação de risco, ambiente confortável e seguro para a mulher e o bebê e foco na humanização e qualidade do parto. A mulher tem o direito a um acompanhante durante o parto e atendimento especial no caso de uma gravidez de risco. Além disso, a estratégia garante atenção humanizada às mulheres em situação de abortamento.

3) Pós-parto: Durante este período, a Rede Cegonha acompanha o crescimento e desenvolvimento da criança de 0 a 24 meses de idade. Há a orientação sobre todos os cuidados necessários para a mulher e seu bebê, promoção e incentivo ao aleitamento materno e acompanhamento do calendário de vacinação. Além disso, as mamães podem ter acesso a informações e disponibilização de métodos de planejamento familiar e a consultas e atividades educativas.

Para ter acesso à Rede Cegonha, basta a gestante procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS).

O Ministério da Saúde lançou o Guia dos Direitos da Gestante e do Bebê. Com o apoio do Unicef, o guia é ilustrado pelo cartunista Ziraldo e apresenta informações essenciais sobre o direito ao pré-natal de qualidade, ao parto humanizado e à assistência ao recém-nascido e à mãe. Foi lançado também o Cordel Rede Cegonha, com ilustrações e versos que mostram tudo o que a Rede Cegonha oferece.

Acesse o material completo da campanha #redecegonha no Compartilhe nas Redes.
Mônica Plaza / Blog da Saúde


quinta-feira, 5 de julho de 2012

ALCOOLISMO



Sinônimos:
Abuso e dependência química do álcool  
O uso de substâncias que modificam o estado psicológico tem ocorrido em todas as culturas conhecidas desde a Antigüidade mais remota. Costumavam ser associadas a rituais tradicionais nas várias culturas. Um remanescente desse aspecto ritualístico do uso de substâncias mantém-se na igreja católica que segue usando vinho durante sua celebração. O alcoolismo é uma doença que afeta a saúde física, o bem estar emocional e o comportamento do indivíduo. Segundo estatísticas americanas, atinge 14% de sua população e no Brasil estima-se que entre 10 a 20% da população sofra deste mal. O álcool é classificado como um depressor do sistema nervoso central.    
EFEITOS FÍSICOS  
Os efeitos físicos ocasionados pelo álcool são muito amplos no ser humano. Diminuição dos reflexos e sedação são comuns. O uso a longo prazo aumenta o risco de doenças como o câncer na língua, boca, esôfago, laringe, fígado e vesícula biliar. Pode ocasionar hepatite, cirrose, gastrite e úlcera. Quando usado em grande quantidade pode ocasionar danos cerebrais irreversíveis. Pode levar à desnutrição. Pode causar problemas cardíacos e de pressão arterial. É uma causa conhecida de malformação congênita quando usado durante a gestação.  
EFEITOS EMOCIONAIS  
Os efeitos emocionais e comportamentais são muito frequentes e variáveis conforme a tolerância do indivíduo e a dose ingerida. Perda da inibição, sendo que pessoa intoxicada com álcool pode fazer coisas que normalmente não faria, como, por exemplo, dirigir um carro em alta velocidade. Alteração do humor, ocasionando raiva, comportamento violento, depressão e até mesmo suicídio. Pode resultar em perda de memória. Prejuízo na vida familiar do alcoolista, ocasionando desentendimento entre o casal, e problemas emocionais a longo prazo nas crianças. Diminuição da produtividade no trabalho.   
COMO A PESSOA DESENVOLVE ALCOOLISMO  
Um indivíduo pode tornar-se alcoolista devido a um conjunto de fatores, incluindo predisposição genética, estrutura psíquica, influências familiares e culturais. Sabe-se que homens e mulheres têm 4 vezes mais probabilidade de ter problemas com álcool se seus pais foram alcoolistas.   
EFEITOS DO ÁLCOOL  
Geralmente está associado a outras condições psiquiátricas como transtornos de personalidade, depressão, transtorno afetivo bipolar (ou psicose maníaco depressiva), transtornos de ansiedade e suicídio.   
INTOXICAÇÃO POR ÁLCOOL  
Os sintomas dependem da concentração de álcool no sangue. No início do quadro a pessoa pode tornar-se séria e retraída, ou falante e alegre. Podem ocorrer crises de riso ou choro. Em geral ocorre sonolência. Gradativamente o indivíduo começa a perder a coordenação motora, apresentando dificuldade para falar e caminhar. Os reflexos tornam-se mais lentos. Intoxicações graves com concentrações maiores de álcool no sangue podem levar ao coma, depressão respiratória e morte.    
INTOXICAÇÃO PATOLÓGICA  
Caracteriza-se por intensas mudanças de comportamento e agressividade após a ingestão de uma pequena quantidade de álcool. A duração é limitada, sendo comum o black out (amnésia). Pela violência das manifestações pode ser necessário até internar o paciente além de medicá-lo. 
SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA AO ÁLCOOL  
Ocorre em pacientes que fazem uso de álcool em grande quantidade e por tempo prolongado, e que param de consumir a bebida. Os primeiros sintomas de abstinência iniciam 12 horas após parar de beber. Os sintomas mais comum são os tremores, acompanhados de irritabilidade, náuseas, vômitos, ansiedade, sudorese, pupilas dilatadas e taquicardia. Pode evoluir para uma condição clínica mais grave chamada Delirium por abstinência de álcool (Delirium Tremens)    
DELIRIUM TREMENS  
É uma emergência médica e, quando não tratado adequadamente, pode levar o paciente a convulsões e morte em até 20% dos casos. Inicia geralmente na semana em que o paciente para de beber. O paciente apresenta taquicardia, sudorese, febre, ansiedade, insônia. Pode apresentar alucinações, como, por exemplo, enxergar insetos ou outros pequenos bichos na parede. O nível de consciência do paciente "flutua" desde um estado de hiperatividade até um de letargia.    
COMO O MÉDICO FAZ O DIAGNÓSTICO  
O diagnóstico é feito através de uma anamnese (entrevista) com o paciente e sua família e exame físico. Os exames de laboratório não servem para diagnosticar alcoolismo, porém podem dar "pistas" se o paciente faz uso crônico de álcool, e conseguem dar uma idéia aproximada do grau de lesão de alguns órgãos ocasionado pelos efeitos tóxicos do álcool, como por exemplo no fígado.   
COMO SE TRATA  
Em primeiro lugar é preciso esclarecer que não existe um tratamento ideal para o alcoolismo. Por isso, os casos devem ser considerados individualmente, e a partir de um bom exame clínico, deve-se indicar o tratamento mais apropriado para cada paciente de acordo com o grau de dependência e do ponto de desenvolvimento da doença em que se encontra a pessoa. É preciso lembrar que as recaídas são comuns nos pacientes alcoolistas. Na grande maioria dos casos, o próprio paciente não consegue perceber o quanto está envolvido com a bebida, tendendo a negar o uso ou mesmo a sua dependência dela. Nestes casos, pode-se começar o tratamento ajudando o paciente a reconhecer seu problema e a necessidade de tratar-se e de tentar abster-se do álcool. A indicação de internação, pelo menos como fase inicial de desintoxicação, costuma ser a regra.  
Em ambulatório, os tratamentos disponíveis são a psicoterapia cognitivo comportamental e a psicoterapia de orientação analítica, realizadas individualmente ou em grupo.  
Os grupos de auto-ajuda, como os Alcoólicos Anônimos, têm-se mostrado uma das alternativas mais eficazes no tratamento do paciente alcoolista e no acompanhamento de sua família, o que costuma ser indispensável para o bom andamento do tratamento. Algumas medicações podem ser utilizadas para causar uma reação física violenta se a pessoa ingere álcool ou ainda bloquear a vontade e o prazer de beber.  
FONTE; ABC DA SAÚDE