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ESF POP RUA

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Crack – dois anos de trabalho a frente de um projeto nacional


Francisco Inácio Bastos, doutor em Saúde Pública pela Fiocruz, pesquisador da Fiocruz e conselheiro da Rede Pense Livre


Em janeiro de 2013 completarei dois anos de trabalho ininterrupto (mais acertadamente, diria diuturno, pois o estudo jamais para, inclusive e principalmente nos finais de semana, que são vitais para o seu bom andamento) à frente do mais amplo levantamento nacional sobre o crack e substâncias correlatas já realizado no Brasil.
Ao longo desses dois anos, trabalhei com uma intensidade que até então não conhecia, a despeito de uma carreira já bastante longa, com três décadas de atuação nesse campo de estudos e em temas a ele estreitamente associados, como a AIDS e as hepatites virais.
Uma dúvida que sempre me é transmitida pelos mais diferentes interlocutores, desde os colegas da academia e gestores aos colegas que estão na dura batalha cotidiana do campo de estudo (as cenas de crack), e que hoje totalizam mais de 500 pessoas das mais diferentes formações profissionais, experiências de trabalho, propósitos e pontos de vista (por exemplo, colegas que atuam preferencialmente junto aos movimentos sociais, profissionais de saúde, jovens graduandos e pós-graduandos etc. e vêm atuando com diferentes atribuições, como contatar pessoas, entrevistá-las, testá-las, fornecer orientação e encaminhamento…) é o porquê de propor e implementar algo tão demorado, trabalhoso e complexo.
A resposta certamente não é o desejo de dispender algo como 90% do meu tempo, ao longo de dois anos, em algo que poderia ser resolvido de forma simples. Após mais de 30 anos de trabalho e mais de 300 artigos e capítulos/livros publicados, esse esforço constituiria certamente uma espécie de loucura, talvez mansa, mas incrivelmente cansativa e dispendiosa.
A razão de trabalharmos tanto e envolvermos no trabalho números uma ordem de magnitude maiores do que qualquer outro trabalho já realizado no país (ou seja, lidamos aqui com dezenas de milhares de questionários e instrumentos correlatos de pesquisa) e de nos valermos de métodos complexos e heterodoxos, é, antes de tudo, nossa firme convicção de que um fenômeno social novo exige a proposição e a plena implementação de métodos novos de investigação.
O crack emergiu como um fenômeno de dimensão nacional (ao menos é assim que seu consumo é percebido, em que pese a diversidade regional e local), prevalente nos interstícios das cidades brasileiras, inicialmente, de grande porte (conformando os grandes aglomerados de pessoas das assim denominadas “cracolândias”), mas também, embora com características marcadamente distintas, em cidades de médio e mesmo pequeno porte. Portanto, trata-se de um fenômeno diverso dos anteriores, até então pouco visíveis para o cidadão médio. Pudesse o falecido jornalista Tim Lopes observar uma cena de crack como me é possível fazer da janela da minha sala, enquanto ministro minhas aulas exatamente em frente às comunidades pobres do bairro em que está localizada a FIOCRUZ (Manguinhos), obviamente, estaria ele vivo.
A discussão acerca do caráter epidêmico ou não da questão jamais abandonará a esfera das metáforas, pois, tecnicamente, não é possível definir o tráfico e consumo de crack enquanto tal. Como todo fenômeno em relação ao qual não há padrões historicamente definidos, pode-se documentar que há algo novo, distinto, mas não necessariamente explosivo (o que, cabe registrar, também não é possível refutar), pelo fato de não haver qualquer definição anterior de padrão ou ritmo, para além de estudos locais, basicamente com populações institucionalizadas (escolares, pacientes de clínicas etc.).
Que se trata de um fenômeno novo, associado a novos padrões de tráfico (varejista, portanto, no polo oposto dos clássicos cartéis, que povoaram a imaginação e a geopolítica das drogas na América do Sul nos anos 1980/1990), consumo e danos (por exemplo, um achado talvez surpreendente é o expressivo declínio do consumo injetável de cocaína, e, com isso, de todos os danos e riscos associados ao hábito de compartilhar equipamentos de injeção), não resta dúvida. Portanto, não adianta tentar auscultá-lo com o auxílio de métodos clássicos, como as pesquisas com estudantes e os inquéritos domiciliares. Estes seguem sendo estratégias de relevância fundamental em todo o mundo, mas não para lidar com populações marginalizadas, sem domicílio fixo e de mobilidade extrema.
Nesse sentido, uma questão específica e que não está contemplada no estudo que venho coordenando, é a imensa dificuldade em conseguir autorização para entrevistar crianças e adolescentes cujos pais/responsáveis não são facilmente localizáveis (o que é a regra e não a exceção nesses contextos), embora praticamente todos os nossos cadernos de campo, que documentam o dia-a-dia do trabalho, registrem a presença de crianças e adolescentes nas cenas de crack.
Paradoxalmente, a mesma legislação, cuja intenção é louvável, mas precisa ser compatibilizada com a necessidade de investigar a questão, não tem impedido que as equipes que estão no campo assistam passivamente à remoção dessas crianças e adolescentes para instituições. Ou seja, na prática, existe uma dificuldade bastante maior para entrevistar essa população do que para removê-la contra sua vontade.
O emprego concomitante e integrado de métodos clássicos e inovadores de pesquisa de campo é hoje moeda corrente em todos os países líderes de pesquisa, mas seguem sendo algo estranho e mal compreendido no Brasil, onde a literatura que se vale de métodos mais modernos é muito rara e nada familiar aos formadores de opinião, sejam eles o público em geral, os meios de comunicação ou, de forma algo curiosa, os próprios profissionais que atuam na área.
Enfim, não constitui para mim propriamente uma surpresa que propostas novas se deparem com uma encarniçada resistência. Na década de 1980, ouvi de praticamente todos os colegas que atuavam na área de AIDS, que a proposta de oferecer acesso universal aos medicamentos para o tratamento da AIDS era uma rematada loucura, especialmente se esses pacientes fizessem uso do álcool ou qualquer droga ilícita. Não há porque ser diferente agora, quando apresentaremos nossos achados à sociedade e à academia.
Mas, como disse F. Pessoa, tudo vale a pena se a alma não é pequena, então, portanto, que ladrem os cães (e eles serão muitos, e bastante ruidosos), pois a caravana segue, ou, ainda no poema de Fernando Pessoa: “Quem quer passar além do Bojador, tem que passar além da dor”.


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

No Dia Mundial da Psoríase, dermatologistas alertam que doença não é contagiosa e pedem fim do preconceito






No Dia Mundial da Psoríase, lembrado nesta segunda-feira (29), campanha coordenada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia tenta conscientizar as pessoas de que a doença não é contagiosa e pede o fim do preconceito. O movimento conta com o apoio de associações de pacientes em diversos Estados, como Rio de Janeiro e São Paulo.
Em entrevista à Agência Brasil, a coordenadora nacional da campanha, Luna Azulay, explicou que a psoríase é uma doença inflamatória que provoca placas vermelhas com descamação. Os primeiros sinais se manifestam em torno dos 20 anos e afetam regiões como cotovelos e couro cabeludo.
“É uma doença crônica, mas esse fato nunca vai tirar a esperança de ninguém e não quer dizer que a pessoa tem que ficar cheia de lesão o tempo inteiro. Ela pode ficar sem nada. Tenho pacientes que já foram internados oito vezes e, hoje em dia, não têm nada – vão ao ambulatório apenas para controle”, explicou.
Luna lembrou que a psoríase ainda não tem cura e pode, ao longo da vida do paciente, apresentar momentos de melhora e piora. Além da pele e do couro cabeludo, a inflamação também afeta unhas e articulações. Os sinais, muitas vezes, são confundidos com micoses e dermatites e os remédios para esses tipos de doença podem provocar uma piora no quadro de psoríase. O importante, segundo a médica, é que o tratamento correto seja seguido à risca.
“Existe muito preconceito porque o aspecto da pele não é agradável. Os pacientes sofrem quando entram em ônibus e trens. Ainda existem concursos públicos que [no edital] dizem que pessoas com psoríase não devem se candidatar”, destacou.
Estimativas da Sociedade Brasileira de Dermatologia indicam que cerca de 3% dos brasileiros tenham psoríase. Em outubro, portarias publicadas no Diário Oficial da União ampliaram a lista de medicamentos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para pacientes com a doença. O clobetasol passou a ser uma nova opção de tratamento para pacientes com psoríase moderada (que tenham mais de 10% da pele comprometida) e será ofertado em duas formas: pomada e xampu.
Algumas secretarias estaduais de Saúde, de acordo com a pasta, disponibilizam mais quatro remédios para o tratamento tópico da psoríase: dexametasona, ácido salicílico, alcatrão e calcipotriol, que agem na melhora das lesões cutâneas. Para os casos mais graves da doença (artrite psoriásica), o SUS oferta sete opções de tratamento (adalimumabe, etanercepte, infliximabe, ciclosporina, metotrexato, sulfassalazina e leflunomida), em 13 diferentes apresentações.
Paula Laboissière
Da Agência Brasil, em Brasília

sábado, 27 de outubro de 2012

Proadi-SUS ganha novo espaço virtual




Portal conta com informações sobre a gestão, legislação e os projetos realizados no programa de apoio ao desenvolvimento do SUS

O Ministério da Saúde acaba de lançar o novo espaço do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS). Além de informações sobre a gestão do programa, legislação e normas correlatas, estarão disponíveis os projetos executados no triênio 2009-2011 e os que serão executados no período de 2012-2014. O objetivo do portal é divulgar os trabalhos realizados e as entidades de saúde de reconhecida excelência no âmbito dos projetos de apoio ao Proadi-SUS. Acesse o espaço do Proadi-SUS em http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1848

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

PROGRAMAÇÃO DO X CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA



Já está disponível no site do evento a programação detalhada do Abrascão 2012 (debates, painéis, mesas-redondas e palestra).  O X Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva ocorrerá de 14 a 18 de novembro na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Com o tema central Saúde é desenvolvimento: ciência para a cidadania, o evento reunirá docentes, pesquisadores, gestores, profissionais de saúde e de movimentos sociais, lideranças da saúde coletiva e todos aqueles interessados no debate, reflexão e enfrentamento dos desafios teóricos e práticos do campo.
Acesse a programação em ABRASCO 

domingo, 21 de outubro de 2012

CUIDADO: REDUÇÃO DE DANOS




Nem sempre é possível alcançar, de imediato, a abstinência do uso da droga e muitas pessoas continuarão a usá-la, mesmo depois de um processo de tratamento. Nesse sentido, é preciso encontrar alternativas capazes de reduzir os prejuízos associados a este consumo.
Incentivar o dependente de crack a cuidar de si, sem que a condição para isso seja a interrupção total do uso da droga, é a estratégia central das ações de Redução de Danos à saúde do usuário. Ao reduzirem os problemas associados com o uso de drogas no âmbito social, econômico e de saúde, estas estratégias beneficiam o usuário, seus familiares e a própria comunidade. 
Segundo Tarcísio Andrade, psiquiatra e professor adjunto da Faculdade de Medicina da Bahia, as práticas de Redução de Danos são baseadas em princípios de pragmatismo e compreensão da diversidade. As ações são pragmáticas porque tratam como imprescindível a oferta de atendimento para todas as pessoas nos serviços de saúde, inclusive para aqueles que não querem ou não conseguem interromper o uso do crack. O esforço é pela preservação da vida. Do mesmo modo, as estratégias de redução de danos se caracterizam pela tolerância, pois evitam o julgamento moral sobre os comportamentos relacionados ao uso do crack e às práticas sexuais, assim como intervenções autoritárias e preconceituosas.
Oferecer estes serviços de abordagem, muitas vezes na própria rua e nos contextos de uso da droga, também pode evitar a exposição a outras situações de risco e aproximar o usuário das instituições de saúde, abrindo a possibilidade de que ele venha pedir ajuda quando necessário. Além disso, permite que o serviço de saúde possa acompanhá-lo de forma mais próxima. 
                                                                 
Iniciativas práticas
De acordo com o psiquiatra Marcelo Cruz, coordenador do Programa de Estudos e Assistência ao Uso Indevido de Drogas (Projad) e professor do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro, as ações para redução dos riscos de contaminação por doenças entre usuários de drogas injetáveis e também durante a prática sexual marcaram o início das estratégias de Redução de Danos no País. Com o sucesso dessas ações, elas passaram a ser usadas também na prevenção de outras práticas de risco, tais como os problemas com drogas não injetáveis, como é o caso do crack nos dias de hoje. Ainda segundo o psiquiatra, a estratégia de redução de danos para usuários de crack prevê a distribuição de preservativos, a disponibilização de informações sobre os riscos de contaminação pelo compartilhamento de cachimbos e sobre os cuidados para a prática de sexo mais seguro. Assim, a atividade de abordagem dos usuários nos locais de uso da droga não é um fim em si, mas um serviço oferecido junto a muitos outros, com o objetivo geral de preservação da saúde.
Nesse processo de Redução Danos, ações preventivas, como a substituição de cachimbos improvisados por outros de melhor qualidade, evitam a contaminação do usuário por bactérias. "Oferecer cachimbos que não superaquecem ajuda a reduzir lesões bucais e infecções secundárias", afirma Francisco Inácio Bastos, psiquiatra e doutor em saúde pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Afastar o usuário dos locais de consumo e venda da droga também ajuda a minimizar os riscos. "É imprescindível recorrer à ajuda profissional para tentar diminuir a compulsão pelo uso da droga e para que o usuário tenha também outras formas de estímulo, seja com medicamentos ou através de outras ações", diz Bastos. Também é importante tentar regularizar a alimentação e o sono, o que reduz o risco de anemia e desnutrição e impede o agravamento de doenças físicas e mentais. “Todo comprometimento orgânico-nutricional é grave. Algumas pessoas, em decorrência do uso de substâncias psicoativas, deixam de se alimentar adequadamente. Particularmente na infância, isso impossibilita a absorção de vitaminas e pode causar danos ao sistema nervoso, às vezes irreversíveis”, afirma Antonio Nery Filho, professor e psiquiatra do Centro de Estudos e Terapia do Abuso de Drogas (CETAD) da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
 Atenção psicossocial
Além das medidas práticas e paliativas, é importante valorizar e estimular a vivência das habilidades e potencialidades do usuário. "O usuário de crack é uma pessoa insegura que busca, através da droga, suprir esta angústia de pensar que não é capaz”, diz a psicóloga Raquel Barros, da ONG Lua Nova de Sorocaba (SP). Ajudar o dependente a reconstruir vínculos com a família e a sociedade também ajuda a diminuir os prejuízos do consumo do crack. “A droga só tem sentido na vida de um usuário a partir do momento em que ele não consegue estabelecer relações que o façam sentir-se como uma pessoa importante”, diz a psicóloga.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

MS mobiliza população para higienização das mãos



CONSCIENTIZAÇÃO


Para comemorar o dia mundial, foram instalados lavatórios na entrada do Ministério para ensinar a forma correta de se higienizar as mãos e prevenir doenças
Pode parecer banal, mas a simples lavagem correta das mãos ajuda o Brasil a economizar, anualmente, US$ 12 bilhões. Este é o valor gasto todo o ano no país com doenças causadas por vírus e bactérias. E, para conscientizar a população sobre como um ato simples e barato pode evitar a contaminação de muitas doenças, o Ministério da Saúde instalou nesta terça-feira (16), um lavatório na entrada do edifício sede e outro no edifício anexo. Alguns técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estarão disponíveis durante todo o dia para instruir, tirar dúvidas e demonstrar a forma correta de lavagem das mãos.
A data é uma iniciativa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), conta com o apoio do Ministério da Saúde. De acordo com a Unicef e a Organização Mundial de Saúde (OMS), a lavagem das mãos com sabonete pode reduzir infecções diarreicas em até 40%. Para isso, a lavagem deve ser feita no mínimo, em cinco momentos quando as pessoas ficam mais expostas à contaminação: antes do café da manhã, do almoço e do jantar, logo após usar o banheiro e ao chegar em casa. A iniciativa conta ainda com a parceria da Lifebuoy, empresa de sabonetes antibacterianos.
PREVENÇÃO BARATA - A pesquisa inédita sobre o “Custo das Doenças do Dia a Dia”, feita em parceria com a Escola de Higiene Tropical de Londres, revela que uma família brasileira gasta, em média, R$ 1.151,55 por ano com episódios de doença que são causadas por vírus e bactérias. Considerando a população do Brasil, esse valor é equivalente a US$ 12 bilhões por ano. O estudo, realizado pela primeira vez, aponta os prejuízos econômicos e sociais causados por enfermidades que poderiam ser evitadas com o simples hábito de lavar as mãos.
As doenças com maior frequência detectadas na pesquisa são: respiratórias com 33,3%, diarreias com 11,8% e infecções de pele com 7,4%. Apesar da maior incidência de doenças respiratórias, o tipo de enfermidade que mais gera despesas para tratamento são as infecções de pele, com custo de R$ 116,32 por episódio. Já a gripe é a doença de maior incidência no Brasil, independente da época do ano.
Durante dois meses de apuração, foi constatado que 52,5 % das famílias brasileiras apresentaram pelo menos um surto de infecção. Porém, este número sobe para 74,2% quando analisado entre crianças de cinco a quinze anos de idade.
No custo que as famílias têm com doenças do dia a dia estão incluídos valores diretos, como hospital, medicamento, viagem para receber o tratamento e alojamento, quanto valores indiretos que implicam nos dias de escola ou trabalho perdidos pelo paciente ou por seus acompanhantes que dão o cuidado. Somando todos estes fatores, o custo familiar para tratamento dessas doenças equivale a mais de 10 semanas de compras em supermercado, por exemplo.
Além disso, há a perda de produtividade. Uma criança brasileira perde, em média, três dias de aula a cada episódio de doença, enquanto o adulto que cuida do enfermo também falta ao trabalho na mesma proporção.

Segundo o estudo, apenas 4,37% das mães entrevistadas reconheceram o sabonete entre os meios de prevenção de doenças causadas por germes e bactérias. Dois terços das mães pesquisadas se sentem impotentes para evitar que seus filhos adoeçam.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Inscrições abertas para Seminário de Nutrição em Saúde Coletiva





As inscrições estão abertas para o XIV Seminário de Nutrição em Saúde Coletiva: Tendências e Desafios promovido pela Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil. A atividade acontece no dia 28 de novembro na Capela Ecumênica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), na Rua São Francisco Xavier, 524, no Maracanã. A participação é gratuita e os interessados podem clicar aqui para se inscrever até o dia 25/11. As vagas são limitadas. Os profissionais da área que desejarem enviar trabalhos devem acessar o formulário de submissão de resumos. 
 
Este ano a atividade abordará os conflitos de interesses na relação público e privado em alimentação e nutrição em Saúde Coletiva e os desafios da nutrição nas doenças crônicas não transmissíveis. A atividade contará com a participação de profissionais do Instituto Nacional do Câncer, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e do Ministério da Saúde. Para mais informações, basta enviar e-mail para seminarioinad2012@yahoo.com.br.  



quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Outubro Rosa - Movimento contra o câncer de mama




O movimento popular internacionalmente conhecido como Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo. O nome remete à cor do laço rosa que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas e entidades. 


Em 1997, entidades das cidades de Yuba e Lodi nos Estados Unidos, começaram efetivamente a comemorar e fomentar ações voltadas a prevenção do câncer de mama, denominando como Outubro Rosa. 

Para sensibilizar a população, os movimentos sociais, cidades e pessoas utilizam o laço rosa para chamar a atenção para o movimento.

A ação de iluminar de rosa monumentos, prédios públicos, pontes, teatros e etc. surgiu posteriormente, e não há uma informação oficial, de como, quando e onde foi efetuada a primeira iluminação. O importante é que foi uma forma prática para que o Outubro Rosa tivesse uma expansão cada vez mais abrangente para a população e que, principalmente, pudesse ser replicada em qualquer lugar, bastando apenas adequar a iluminação já existente.


Cristo Redentor ficou iluminado de rosa
  
                                                 

Cada ano vem aumentando a adesão ao movimento mundial "Outubro Rosa", que visa chamar atenção, diretamente, para a realidade atual do câncer de mama e a importância do diagnóstico precoce.

O importante é, na realidade, focar este sério assunto nos 12 meses do ano, já que a doença é implacável e se faz presente não só no mês de outubro. No entanto, este mês é representativo para a causa, tornando-se especial e destacado dos demais. 

Fonte: http://www.outubrorosa.org.br/

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

SUPERAÇÃO: REINSERÇÃO SOCIAL


A presença da família é importante durante todo o processo de tratamento da pessoa que apresenta dependência e fundamental também na etapa da reinserção social do ex-usuário de crack. Após o término da fase intensiva de tratamento e com o retorno ao meio familiar, o restabelecimento das relações sociais positivas está diretamente relacionado à manutenção das transformações.

Segundo Fátima Sudbrack, psicóloga e professora da Universidade de Brasília (UnB), um dos primeiros passos para o processo de reinserção social é evitar o isolamento do usuário. “É uma ilusão achar que só a internação vai resolver o problema. Na verdade, a desintoxicação é só uma parte do tratamento, pois o mais importante é a reinserção social. É importante que o dependente saiba com quem pode contar”, explica.

É fundamental que a família reconheça que ele está em um processo de recuperação de dependência, compreenda suas dificuldades e ofereça apoio para que ele possa reconstruir sua vida social. “Durante o tratamento os familiares e amigos podem e devem apoiar o dependente, se possível com ajuda profissional. O principal risco para um ex-usuário é se sentir sozinho, desvalorizado e sem a confiança das pessoas próximas”, diz Fátima.

A capacidade de acolher e compreender, estabelecer regras claras de convivência familiar, a demonstração de um interesse real em ajudar e de compromisso com a recuperação, além do respeito às diferenças e da manutenção de um ambiente de apoio, carinho e atenção, são atitudes que contribuem para melhorar a qualidade de vida do ex-usuário e ajudam na prevenção de recaídas. “De forma geral, no início é preciso exercer um controle maior sobre as atividades do indivíduo, manter uma rotina mais rigorosa, com acompanhamento. É preciso oferecer toda a ajuda possível, manter uma proximidade maior. O que faltou antes vai ter que ser fortalecido neste momento”, afirma o médico Mauro Soibelman, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É o chamado manejo firme e amigável, expressão usada por psiquiatras especializados no tratamento de dependentes químicos. “Não significa ser autoritário e bruto, apenas firme no propósito de manter o usuário longe do crack”, completa o especialista.

De acordo com Raquel Barros, psicóloga da ONG Lua Nova, é preciso dar espaço para a pessoa recomeçar. “Não se trata de fazer de conta que nada está acontecendo, mas de não focar a pessoa só nisso”, ressalta. A procura por um trabalho e a volta aos estudos deve ser incentivada. “É fundamental ocupar o tempo em que o dependente fumava crack com atividades saudáveis, seja com estudos, trabalho, esportes ou caminhadas”, diz Mauro Soibelman.

Hábitos sociais


Situações de convívio social fora do ambiente familiar tendem a ser desafiadoras para o ex-usuário de crack. Para a psicóloga Fátima Sudbrack, não é recomendado que a pessoa volte a freqüentar casas noturnas, bares ou mantenha contato com amigos que fazem uso de drogas. “Não podemos pedir que a pessoa abandone tudo o que fazia, mas é bem difícil retornar a esses lugares e não voltar a consumir a droga”, diz.

O uso de drogas lícitas, mesmo de forma moderada, não é recomendado pela maioria dos especialistas. “O cigarro é mais tolerável, apesar de controverso. Mas o álcool é um grande problema. Mesmo em baixas doses, a bebida alcoólica afrouxa as defesas do usuário e se torna um facilitador para recaídas”, explica Soibelman. Para a psicóloga Fátima Sudbrack, o dependente tende a compensar a ausência do crack com outra droga mais acessível. “Fazendo o uso de álcool e outras drogas ele não vai se recuperar, mas apenas buscar satisfação em outro produto”, diz.

domingo, 7 de outubro de 2012

Estudo abre novo caminho no trabalho de descoberta de vacina contra a aids


Foto: Corbis Images
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Miami, nos Estados Unidos, abriu novo caminho no trabalho de descoberta de uma vacina contra a aids. A pesquisa teve como base as pessoas que possuem o vírus da doença, mas que por algum motivo impedem que ele se reproduza no organismo, embora possam infectar outras pessoas. Uma em cada trezentas pessoas no mundo infectadas pelo vírus HIV tem essa característica genética que impede o desenvolvimento da aids. Elas são chamadas de controladoras de elite. A diferença desse estudo para outros é que agora os pesquisadores estão trabalhando em cima das células, e não de anticorpos.

Participam do estudo quatro pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ligada ao Ministério da Saúde. Eles usaram a vacina contra a febre amarela, desenvolvida no Brasil, como base para criar uma vacina contra a aids em macacos. Quase cem macacos foram vacinados e expostos ao vírus, mas a aids não se desenvolveu. Essa vacina estimulou a produção de células que matam os glóbulos brancos contaminados com o vírus da aids, evitando que ele se reproduza.
É o que explica a pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz e uma das colaboradoras do estudo, Myrna Bonaldo. ”Essas células reconhecem a célula na qual o vírus está crescendo, proliferando e atacando essas células. É como se ela estivesse destruindo o mal pela raiz,  atacando a fabricação do vírus. Então ela reconhece qual é a célula que está infectada pelo SIV ou pelo HIV. SIV no caso do macaco e o HIV no caso do homem, e ela ataca especificamente essa célula. Então a carga viral diminui, e isso implica em que a pessoa não desenvolva a doença aids, apesar dela ser portadora do vírus. Mas isso é importante porque ela não vai em um quadro da doença.”
O diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco, conta que o estudo está em fase inicial e que uma vacina contra aids poderá se tornar realidade talvez só daqui a dez anos. Ele reconhece a importância do estudo, mas diz que essa possível vacina não vai eliminar a doença e, sim, o desenvolvimento da aids em pessoas infectadas com HIV.
Por isso, Greco lembra da importância da prevenção. “Em toda conversa científica, queremos saber quando vamos ter uma vacina eficaz, e quase sempre o número é mágico: daqui a dez anos. Mas já se fala nisso há muitos anos. Isso só mostra para nós que hoje a nossa vacina é a prevenção. Se nós pensarmos que vamos controlar a infecção esperando que uma bala mágica venha, que seja medicamentosa ou seja uma vacina, nós vamos continuar correndo risco. Lembrando que o HIV/Aids não é a única doença sexualmente transmissível. Mesmo que a controlemos, ainda tem a hepatite, HPV, sífilis. Todas elas doenças graves que podem trazer problemas. Nós precisamos continuar sempre discutindo a prevenção”, ressalta.
Além disso, o diagnóstico precoce é extremamente importante.  ”Nós continuamos, cada vez mais, investindo no diagnóstico. É importantíssimo a pessoa saber se está infectada ou não para facilitar o tratamento e a eficácia dos medicamentos”, destaca o diretor. Estima-se que existem hoje no Brasil cerca de 630 mil pessoas vivendo com o HIV, o vírus da aids. Dessas, 255 mil nunca teriam feito o teste e por isso não conhecem sua sorologia. E o diagnóstico é fundamental para o controle da epidemia.
Desde 2003, o Ministério da Saúde realiza uma estratégia de mobilização para incentivo ao diagnóstico precoce: o Fique Sabendo. Ele atua em Unidades Básicas de Saúde, Centros de Testagem e Aconselhamento e ambulatórios ou em locais como praças, feiras e eventos específicos. Em 2012, o Fique Sabendo começou, também, a oferecer medicamento à pessoa no momento em que tem diagnóstico positivo para sífilis.
HIV e aids - HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação.
Já a aids é o estágio mais avançado da doença que ataca o sistema imunológico. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, como também é chamada, é causada pelo HIV. Como esse vírus ataca as células de defesa do nosso corpo, o organismo fica mais vulnerável a diversas doenças, de um simples resfriado a infecções mais graves como tuberculose ou câncer. Saber precocemente da doença é fundamental para aumentar ainda mais a sobrevida da pessoa. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda fazer o teste sempre que passar por alguma situação de risco e usar sempre o preservativo.
FONTE:Mônica Plaza / Blog da Saúde e Amanda Mendes / Web Rádio Saúde

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Campanha estimula doação de leite humano




A doação de leite humano é um ato de amor e ajuda a salvar vidas. Você sabia que um litro de leite materno pode alimentar até dez recém-nascidos por dia? Para incentivar as mulheres a praticarem essa ação, o Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira (04), no Rio de Janeiro, a campanha de Doação de Leite Humano, com o slogan “Doar Leite Materno e multiplicar vida com esperança”.
Bebês que estão internados e não podem ser amamentados pelas próprias mães têm a chance de receber o leite materno por meio da doação. Toda mãe que amamenta é uma possível doadora e os benefícios do leite materno para o bebê contribuem para a redução da mortalidade infantil.
Segundo o coordenador da área técnica de Saúde da Criança, do Ministério da Saúde, Paulo Bonilha, as propriedades do leite materno são comprovadamente salvadoras, principalmente para os recém-nascidos com agravos, considerados prematuros e que ainda não podem ser alimentados diretamente pelo seio. Elas também são importantes para as mães com dificuldade de produzir e retirar o leite.
“Nós temos várias ações de incentivo, como a Iniciativa Hospital Amigo da Criança e a Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil, que prepara os profissionais da Atenção Básica para orientar as mães no momento do aleitamento. Também temos a Rede Brasileira de Bancos de Leite. Ela garante, graças às doações das mulheres que estão amamentando, a oferta de leite materno para os bebês prematuros”, enfatiza Bonilha.
  • O procedimento para a doação é simples. Confira o passo a passo para doação de leite materno:                         

Rede Brasileira de Banco de Leite Humano – Considerada referência mundial, a RBLH-BR apoia outros países, por meio de suas experiências bem sucedidas, exportação de tecnologias e equipamentos. Criada por iniciativa do Ministério da Saúde e da Fiocruz, a Rede Brasileira é a maior e mais complexa do mundo, sendo composta por 210 Bancos de Leite Humano em operação. Os resultados alcançados anualmente com a prestação de serviços e a produção de leite humano evidenciam o impacto positivo de sua atuação no campo da saúde materno-infantil brasileira. Por ano, mais de 160 mil litros de leite humano pasteurizado com qualidade certificada são distribuídos a mais de 158 mil recém-nascidos internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e semi-intensiva.
O Ministério da Saúde tem mobilizado todos os estados brasileiros para a transferência do Dia de Doação de Leite Humano de 1º de outubro para 19 de maio, seguindo o acordo firmado na Carta de Brasília de 2010, após reunião da cooperação internacional de bancos de leite humano com representantes dos Ministérios da Saúde de 21 países. Na Carta de Brasília, os países se comprometeram a instituir, em seus territórios, o dia 19 de maio como dia de doação de leite humano para pleitear, junto à Organização Mundial de Saúde (OMS), a criação do Dia Mundial de Doação de Leite Humano.
FONTE:  Gabriella Vieira/ Blog da Saúde


quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Ministério da Saúde e ONU selecionam projetos para reduzir danos de drogas


O Ministério da Saúde e o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) selecionam, até 11 de outubro, projetos de intervenção e formação de adolescentes e jovens promotores de saúde, com ênfase na prevenção de violências e prevenção e redução de danos no uso de crack, álcool e outras drogas, em âmbito nacional. As propostas selecionadas serão financiadas por meio do PRODOC BRA/K47 – Atenção Integral a Crianças e Jovens em Situação de Vulnerabilidade e Risco para a Violência e Uso de Álcool e Outras Drogas.
Os projetos poderão incluir, como etapa de desenvolvimento, a instrumentalização e acompanhamento dos jovens para que atuem como agentes promotores de saúde no território, fortalecendo redes juvenis locais e deverão contemplar ações voltadas a adolescentes e jovens de 10 a 29 anos como beneficiários diretos.
Podem participar da seleção entidades estudantis e instituições privadas sem fins lucrativos com experiência de atuação orientada para o segmento juvenil.
Para ler o edital de chamamento, clique aqui. Para preencher o fomulário de participação, clique aqui.

Informações

Área Técnica de Saúde de Adolescentes Jovens
maisjuventude@saude.gov.br
(61) 3315-9129 | 9128

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Reunião Fórum ONGs Tuberculose RJ





Fórum Estadual das ONGs na Luta contra a Tuberculose no Rio de Janeiro - 9 ANOS
A Secretaria do Fórum ONGs TB do Estado do Rio de Janeiro, vem convidá-los (as) para a reunião ordinária, a realizar-se no dia
04 de outubro de 2012, quinta-feira, das 10:00 às 13:00 hs
Local: Federação de Bandeirantes do Brasil
Av. Marechal Câmara, 186 - 5° andar - Centro | Rio de Janeiro | RJ
Auditório
Pauta:
1. Audiência Pública: “Continuidade do trabalho de prevenção e combate à tuberculose realizado pelas entidades da sociedade civil”, Câmara dos Deputados – Brasília
2. Participação Fóruns ONGs TB/Aids no seminário estratégico aids e tuberculose, Secretaria Estadual de Saúde RJ
3. Participação ONGs TB no curso de Especialização em Pneumologia Sanitária 2012 CRPHF/ENSP/Fiocruz
4. Relatório da oficina: “Mobilização comunitária no acompanhamento de pesquisa em HIV e tuberculose” - Brasília
Informes e assuntos gerais:
a) Mostra Nacional de Experiências Bem Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (12ª Expoepi) – Brasília
Painel 18 – Avanços e desafios na vigilância, prevenção e controle da tuberculose, O papel do movimento social no enfrentamento da tuberculose
b) Assembléia da Parceria Brasileira contra a Tuberculose (eleição sec. Executiva)
c) Seminário de Boas Práticas no Controle da Tuberculose para população em situação de rua – Brasília
d) VIII Fórum UNGASS/AIDS Brasil - “Sustentabilidade da Resposta Nacional ao HIV e AIDS – O papel da Sociedade”
e) PRIMEIRA CONFERENCIA – DSTs / HIV / AIDS – COINFECÇÕES SOS VIDA/Petrópolis
e) Exibição do Vídeo TB-HIV: Esta dupla não combina (PCT/MS)
Fórum ONGs Tuberculose RJ
Secretaria Executiva
CEDUS - CEDAPS - GRUPO ÁGUA VIVA - GPV Niterói
REDE DE COMUNIDADES SAUDÁVEIS