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sábado, 23 de fevereiro de 2013

Novo teste rápido pode detectar hanseníase antes dos sintomas

Teste rápido para detectar hanseníase
(Foto: Reprodução/Orange Life)

Com exame, tratamento pode começar antes que a doença se manifeste na pele. Anvisa já concedeu licença para o uso do produto no Brasil

Um novo teste rápido para o diagnóstico de hanseníase deve estar disponível em breve para pacientes em todo o Brasil. O produto foi desenvolvido por uma parceria entre cientistas brasileiros e americanos e obteve aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser comercializado em dezembro de 2012.
A hanseníase, antigamente conhecida como lepra, causa lesões na pele e, quando avançada, também em outros órgãos. A doença é causada pela batériaMycobacterium leprae e é transmissível pelo ar, mas tem tratamento.
Quanto antes começar o tratamento, melhor. Por isso, é importante que o diagnóstico seja feito o mais rápido possível. Em geral, os pacientes só procuram um médico quando já apresentam os primeiros sintomas, lesões na pele que afetam também os nervos na região.
O sangue do paciente é colocado em uma fita que é misturada com reagentes dentro do aparelho. Dez minutos depois, sai o resultado – se a fita fica com uma linha, é negativo, e se são duas linhas, é positivo. O processo é parecido com o de um teste rápido de gravidez, mas usa o sangue, em vez da urina.
A bactéria pode ficar anos no sangue antes que os sintomas se manifestem. O teste desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa de Doenças Infecciosas, de Seattle, nos EUA, e pela empresa brasileira Orange Life é feito com uma gota de sangue do paciente. Por isso, é capaz de identificar a doença antes do surgimento das primeiras lesões.
Dados internacionais apontam que cerca de 250 mil novos casos de hanseníase são diagnosticados por ano em todo o mundo. O Brasil é o segundo da lista, com cerca de 33 mil novos casos por ano, atrás apenas da Índia.
O Ministério da Saúde afirmou que ainda não definiu se vai adotar o teste como uma estratégia de combate à doença – a possibilidade ainda está sob avaliação.

FONTE: G1 SP